Em 12 de junho, celebramos o Dia Mundial do Enfrentamento da Violência contra Pessoa Idosa, uma data que visa refletir sobre os desafios enfrentados por essa população e incentivar medidas para prevenir e combater a violência que afeta esse grupo. Nesse contexto, é importante ressaltar a importância da Política Nacional do Idoso e das/dos assistentes sociais no trabalho de proteção e apoio a essa população.


De acordo a assistente social de Londrina Joyde Regina Mendes Lone, que atua diretamente com esse público, o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência Contra as Pessoas Idosas desempenha um papel crucial ao abordar a violência que afeta esse grupo vulnerável.


“É comum a naturalização de comportamentos violentos e abusivos contra idosos, tanto nas relações familiares quanto em outros contextos. Essa data busca informar e sensibilizar as pessoas sobre a violência e seus correlatos, capacitando-as para identificar violações de direitos e denunciar situações de violência”, afirma a profissional.


Nesse âmbito, as/os assistentes sociais desempenham um papel crucial na identificação, prevenção e intervenção em casos de violência contra pessoa idosa. De acordo com Joyde, a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais define as diferentes formas de violência que os idosos podem enfrentar, como a violência física, psicológica, sexual, negligência e a patrimonial. Inclusive, a Lei Maria da Penha conceitua essas violências e fala de outra violência importante muito comum: a patrimonial. 


Além disso, é fundamental ressaltar que o Estatuto da Pessoa Idosa em seu artigo 4º determina que “nenhuma pessoa idosa será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei”. Desta forma, fica especificado que a violência contra a pessoa idosa não pode em hipótese alguma ser tolerada”.


No entanto, para a assistente social, “um único evento não é suficiente para abordar de forma abrangente essa questão. São necessárias campanhas regulares, a capacitação contínua dos/as profissionais que atendem os idosos e a criação de serviços importantes, como centros de cuidados diurnos, casas-lares, oficinas abrigadas de trabalho e atendimentos domiciliares.


Desafios do Serviço Social no enfrentamento à violência contra a pessoa idosa


As/os assistentes sociais enfrentam diversos obstáculos na prevenção à violência contra a pessoa idosa. Entre eles estão a identificação e a denúncia dos casos, a sensibilização da sociedade, o enfrentamento de estigmas culturais, a cooperação interdisciplinar, os recursos limitados e a intervenção familiar que é complexa.


“O fato é que a população idosa está em crescimento, e é necessário reconhecer isso, juntamente com as previsões de mudanças demográficas. Por isso, o desafio é coletivo, envolvendo o aumento da visibilidade para as questões relacionadas ao envelhecimento em uma sociedade capitalista, na qual o valor da pessoa idosa é muitas vezes vinculado à  sua produtividade ou capacidade de pagar por serviços”, pondera Joyde.

 

“O/a assistente social desempenha um papel muito relevante ao combater o preconceito e promover a justiça social para a pessoa idosa. Isso inclui realizar intervenções que garantam acesso equitativo aos benefícios e serviços dos programas e políticas sociais. É essencial ainda valorizar a pessoa idosa, reconhecendo sua contribuição social, e também buscar aprimoramento profissional para atender adequadamente às necessidades desse grupo”, acrescenta a trabalhadora Assistente Social.

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