Assistentes sociais do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS de todo o Brasil ocuparam na manhã de segunda-feira, dia 8 de maio, a sede do Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário – MDSA para promover um ato denunciando o desmonte do Serviço Social e Reabilitação Profissional e reivindicar audiência com o Ministro Osmar Terra.
Do Paraná, participaram oito assistentes sociais das regiões de Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel, Londrina e Umuarama. A manifestação garantiu uma agenda com o ministro para esta quarta-feira, dia 10.
O ato é uma resposta ao desmonte progressivo da política de Previdência Social e dos serviços previdenciários que vem sendo promovido pelo governo e pela atual gestão do INSS. Entre os pontos de pauta estão o respeito a especificidade profissional, autonomia técnica e o fim do assédio a que os profissionais têm sido submetidos nos últimos meses.
Concomitantemente à paralisação em Brasília ocorreram atos em vários Estados. No Paraná ocorreram a Audiência Pública em Defesa do Benefício de Prestação Continuada – BPC e Serviço Social e Reabilitação Profissional do INSS no município de Londrina e a Plenária em Defesa da Previdência Social, realizada no auditório da UTFPR em Curitiba, em parceria com entidades representativas. Os eventos promoveram o debate sobre a Reforma da Previdência, o desmonte do Serviço Social e reabilitação além do BPC e contaram com a participação dos assistentes sociais do INSS, rede sociassistencial e movimentos sociais.
Em Brasília, os representantes da FENASP e da Comissão dos Assistentes Sociais e Reabilitação Profissional se reuniram no fim da tarde com o Secretário Executivo do MDSA, Alberto Beltrame, para negociações. As/os trabalhadoras/es relataram que inúmeras tentativas de diálogo foram realizadas sem sucesso nos últimos meses e que o presidente do INSS não honrou os compromissos firmados em reuniões anteriores.
Os manifestantes lutam pela permanência dos serviços de Reabilitação Profissional e Serviço Social do INSS, bem como a garantia do modelo de avaliação da pessoa com deficiência para acesso ao BPC, que hoje é feito pelo serviço social e perícia médica do INSS – neste modelo avalia-se o grau da deficiência e também o contexto social em que a pessoa está inserida –, entre outras reivindicações.
O apoio de importantes representações e as ações nos Estados e em Brasília foram fundamentais para fortalecer o movimento e dar visibilidade à participação da base no dia em que marcou a história dos/as assistentes sociais que atuam na política previdenciária.