Contra o Pacotaço para os Servidores Estaduais

foto Paraná Online

Nesta segunda (9) teve início a Greve Geral dos/as Educadores/as do Paraná – uma reação às medidas anunciadas pelo Governo Estadual na última quarta-feira. O ‘Pacotaço’, como é chamado o conjunto de propostas do Governo, prevê inúmeras mudanças nos direitos trabalhistas de servidores públicos, não apenas de professores da rede estadual. Assim, a greve de outras categorias profissionais também está eminente.

O CRESS/PR assume perante a categoria o compromisso com a construção de uma nova ordem societária, e neste contexto com a luta por uma educação pública de qualidade e que seja pensada como instrumento de emancipação humana e social. Assim vem a público manifestar solidariedade e apoio à Greve.

O CRESS/PR manifesta-se em defesa da classe trabalhadora, posicionando-se contra as medidas do Pacotaço, que presumem retrocessos trabalhistas para os servidores estaduais. Para a assistente social Silvia Albertini, que trabalha no Centro Estadual de Saúde do Trabalhador, os projetos apresentados pelo Governo do Estado atacam os servidores públicos, dando como exemplo as alterações que o projeto prevê ao Fundo Previdenciário: “O governo quer usar dinheiro do Fundo para pagar dívidas que o governo contraiu durante anos. Isso é muito injusto com os servidores. Outro desrespeito é a forma como tentam aprovar o projeto, através do chamado ‘Tratoraço’, onde a classe dos servidores não pode nem participar da votação”

Saiba mais:

Sobre a Educação: um histórico de desrespeito tem rondado a Educação Pública no Paraná, resultando no caos em que se encontra o setor hoje. Há tempos a comunidade escolar enfrenta o não repasse de verbas, ocasionando falta de materiais básicos nas escolas; a diminuição no quadro de funcionários/as e professores/as; fechamento de turmas causando superlotação nas salas; fim de programas de formação de professores (as) e o fim do Plano de Carreira; atraso e cortes nos salários; e uma dívida do governo em relação aos direitos trabalhistas consagrados, como pagamento de rescisões contratuais e 1/3 de férias. Para os/as professores/as o chamado ‘Pacotaço’ prevê uma série de cortes em benefícios.

Greve Geral: Além de todos estes problemas com a Educação, o conjunto de medidas do Governo Estadual envolve todo o funcionalismo público. São 13 pontos divididos em dois projetos de lei que deverão ser votados a toque de caixa pelos deputados para aumentar a receita e diminuir os gastos do estado. As medidas afetam os servidores estaduais, por exemplo, com um corte nas gratificações por tempo de serviço e com mudanças drásticas no Fundo Previdenciário. Assim, há a possibilidade de Greve Geral do funcionalismo público do Estado.

Nesta terça-feira completaram-se dois dias de protestos contra o ‘pacotaço’ e algumas categorias profissionais ameaçam entrar em greve caso as propostas sejam aprovadas.

Fontes: APP Sindicato e Paraná-Online

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