Ocupação da ALEP e novas greves. Nota contra o ‘pacotaço’

Nesta semana estamos vivenciando fortes manifestações democráticas contra o pacote de medidas do Governado do Estado do Paraná, que corta direitos dos(as) servidores(as) públicos.

No final da tarde desta terça-feira (10), milhares de servidores(as) públicos ocuparam a Assembleia Legislativa do Paraná. A ocupação aconteceu logo após a votação de Comissão Geral, em que 34 deputados(as) estaduais votaram a favor da medida impositiva que garante a votação única do “Pacote de maldades 2” do governador Beto Richa. Não fosse ocupação, os deputados estaduais poderiam ter aprovado o pacote de maldades do governado contra o direito dos trabalhadores.

O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, conta que a categoria de Educadores(as) está cansada da falta de respeito em que governo vem tratando a educação. “Estamos ocupando a Assembleia Legislativa do Paraná em resposta às humilhações que o governo do Estado vem implementando com o serviço público, mas em especial com a educação do Paraná”.

Servidores(as) públicos de diversas categorias permanecem na Assembleia Legislativa e a mobilização está sendo feita em todo o Estado.

Outras categorias, além dos educadores, também já aderiram à Greve. Os agentes penitenciários do Paraná entraram em greve por tempo indeterminado nessa terça feira (10). A decisão foi tomada após Assembléia Geral em frente à Assembléia Legislativa do Estado do Paraná.

Os servidores da Saúde também decidiram entrar em greve a partir do dia 12/2.

Trabalhadores das universidades estaduais de Londrina e Maringá também já pararam. Os funcionários dos hospitais da Zona Norte (HZN) e da Zona Sul (HZS) de Londrina também realizaram protesto e o Hospital Universitário (HU) de Londrina já opera com restrições.

Manifestações contra o ‘Pacotaço’ acontecem em todo o estado.

O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), que reúne 14 sindicatos de funcionários do estado, tem orientado os sindicatos filiados a manterem a paralisação até a retirada dos projetos da pauta.

Entenda mais:

Os projetos do governo, o chamado “pacotaço”, prevê, entre outras coisas, a extinção do fundo previdenciário de R$ 8 bilhões da Paraná Previdência. São 13 pontos divididos em dois projetos de lei que deverão ser votados a toque de caixa pelos deputados para aumentar a receita e diminuir os gastos do estado. As medidas afetam os servidores estaduais, por exemplo, com um corte nas gratificações por tempo de serviço e com mudanças drásticas no Fundo Previdenciário.

Um acordo feito com os deputados da base garantiu o recuo do governo em três itens: manutenção do anuênio e do qüinqüênio dos servidores, manutenção do auxílio-transporte mesmo durante férias e licenças, e a permanência do Plano de Desenvolvimento da educação (PDE), nos moldes atuais. Mesmo assim, as mudanças não foram suficientes – é preciso retirar os projetos da pauta!

O CRESS/PR novamente vem manifestar apoio aos(às) servidores(as) e convoca a categoria de Assistentes Sociais a participar deste momento de democracia, exigindo a manutenção dos seus direitos. Assim, indicamos que os/as assistentes sociais se organizem junto aos seus sindicatos de base, que são os espaços destinados à organização destas ações.

Acompanhe também o desenrolar das paralisações:
site da APP Sindicato
site do Sindsaúde

Notícia – UEL

 

fontes: App Sindicato, Gazeta do Povo