A Reforma Agrária é uma necessidade para um país extremamente desigual como o Brasil, com a concentração de terras histórica desde o início da exploração européia no território. É um programa que preza pela democratização do acesso à terra para todas/os que dela queiram desfrutar para seu sustento, trabalho e moradia no campo. Apesar de os números de famílias assentadas terem crescido desde meados da década de 1990, os últimos anos da década de 2010 seguiram o caminho oposto.
Enquanto em 2015, segundo o INCRA, 26.335 famílias foram assentadas, esse número caiu para 1.686 em 2016 e para 1.205 no ano de 2017. Não há dados sobre os anos de 2018 e 2019. O atual governo federal, nos primeiros dias de gestão, suspendeu os processos de compras e desapropriação de terras.
É necessária a luta dos movimentos sociais pela Reforma Agrária. Além disso, o contexto de pandemia pelo qual passa o Brasil no ano de 2020 mostra ainda mais a necessidade de segurança alimentar para as/os trabalhadoras/es do campo, que lutam pela posse de terras pelo em todo o Brasil. A terra é garantia de alimentação e moradia, dois pontos essenciais nesse contexto de enfrentamento à pandemia. Da mesma forma, as esferas públicas precisam garantir atendimento de saúde às populações assentadas e as que buscam por assentamentos.
Nesse dia 17 de abril, data em que celebramos o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, o CRESS-PR apoia a luta dos movimentos sociais pela terra. As autoridades federais precisam retomar a Reforma Agrária.