Encontro em Umuarama debateu o exercício profissional da/o assistente social frente ao cenário de desmonte de políticas públicas

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O CRESS-PR esteve em reunião com assistentes sociais da região de Umuarama para debater o exercício profissional frente ao atual cenário de desmontes e de ataques às políticas pública. A reunião, organizada pelo Nucress de Umuarama, aconteceu no dia 23 de março e contou com a presença do conselheiro Hemerson Maziero para uma roda de conversa no Centro da Juventude. Cerca de vinte assistentes sociais participaram do encontro junto com os membros do Nucress.

umuarama 02“Tivemos a oportunidade de debater temas relevantes e pertinentes na atual conjuntura de ataques a direitos trabalhistas que nós, enquanto classe trabalhadora temos sofrido cotidianamente com o avanço da agenda neoliberal que se instalou no país, principalmente após o golpe de 2016”, comentou Hemerson. No encontro foi debatido com estes ataques vêm atingindo a categoria de Assistentes Sociais, refletindo em efeitos devastadores nos espaços sócio-ocupacionais através da redução dos concursos públicos, terceirizações, trabalhos sem proteção, contratos flexibilizados, diminuição dos recursos em todas as esferas da seguridade social, precarização dos espaços de atendimento, controle e diminuição da autonomia profissional, redução dos salários, desrespeitos e violações às condições éticas e técnicas nos espaços de trabalho.

No encontro, foi reforçado que, partindo da premissa que assistentes sociais são profissionais que assumem compromisso com as luta por uma sociedade mais justa, e seguindo os preceitos do projeto ético politico profissional, é urgente a organização e o debate frente a atual conjuntura. O encontro foi o momento de reforçar a necessidade de busca de estratégias de resistência para enfrentar esse momento de ataque à democracia, aos direitos humanos e ao avanço do conservadorismo que atinge também e atuação profissional das/os assistentes sociais.

O conselheiro também resgatou que a gestão ‘Tempo de Resistir; Nenhum direito a menos’ assume como um dos eixos de atuação a defesa da profissão, resguardando a qualidade na prestação dos serviços aos usuários e a defesa intransigente dos direitos humanos.

A proposta final inclui ampliar os espaços coletivos de debates, de planejamentos das ações, as orientações e capacitações profissionais, a ocupações dos espaços democráticos tais como os conselhos de direitos, os fóruns, as frentes populares, buscando a união de forças com os movimentos sociais.
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