O CRESSPR vem a público manifestar sua perplexidade diante da ação de despejo em Pinhão, município da região Centro-Sul do Paraná, que afetou 20 famílias que, em visível sofrimento, assistiram à total destruição de suas casas, de suas vidas.
Entre as famílias despejadas, estão cidadãos que moravam há mais de 20 anos na comunidade.
As máquinas colocaram abaixo as casas das famílias, também destruíram a Igreja, a Unidade de Saúde, uma padaria comunitária e os espaços de lazer da comunidade.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que os terrenos deveriam ser devolvidos às Indústrias João José Zattar S.A., empresa madeireira fundada há 84 anos e uma das maiores devedoras da União. Outras famílias do município com cerca de 14 mil habitantes poderão sofrer as mesmas consequências. Uma decisão que comprova a arbitrariedade do Estado penal para os mais pobres, e reprodutor dos interesses do mercado, de grupos financeiros. Um Estado historicamente colonizado, que reproduz a desigualdade e não garante direitos humanos.
O CRESSPR se solidariza com os/as cidadãos/ãs de Pinhão, e se unifica às ações de resistência de movimentos sociais e organizações de direitos humanos, assim como encaminha solicitação de defesa de direitos da população aos órgãos competentes.
(Foto: Isabella Lanave)