Confira como foi a aula pública contra o extermínio da juventude negra

1459881_548350825241751_807378038_nDando visibilidade ao Dia 20 de novembro e alertando sobre o extermínio da juventude negra, um coletivo – com a participação do CRESS/PR, realizou uma aula pública no dia 19 de novembro, na Boca Maldita. No evento foram promovidas diversas atividades, como a distribuição de materiais informativos, intervenções, apresentação de um documentário sobre o tema e momentos culturais, com música e uma poesia de Brinsan N’ Tchalá.

Realizaram falas no ato: Isabela da Cruz, da Rede de Mulheres Negras do Paraná e Fórum Paranaense de Jovens Quilombolas; Cláudia Maria Ferreira, da Associação Cultural de Negritude e Ação Popular – ACNAP; Will Capa Preta, do Movimento Hip Hop; Waldomiro Ferreira, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis – MNCR; Fernando de Goes, da Chácara Meninos de 4 Pinheiros; Luis Fernando, da Central Única dos Trabalhadores – CUT; e Leoncio Santiago, da Pastoral da Juventude.

1470055_548350138575153_158941023_nO coletivo que organizou o ato é formado por Associação Cultural de Negritude e Ação Popular, Associação para a Vida e Solidariedade, Canal Futural, Casa da Juventude do Paraná, Centro de Pesquisa e Apoio ao Trabalhador, Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná, CRESS/PR, Fórum de Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes de Curitiba, Instituto Lixo e Cidadania, Levante Popular da Juventude, Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis, Pastoral da Juventude, Rede de Educação Cidadã de Curitiba, Rede de Mulheres Negras do Paraná e Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná.

Confira o texto do coletivo:

1467454_548352215241612_1994156887_nEm 2010 morreram cerca de 49 mil vítimas de homicídios no Brasil (Ministério da Saúde). Destes, cerca de 53% eram jovens, com idades entre 15 e 29 anos.

A violência tem cor, idade e localização

Dos jovens assassinados, 74,6% são negros e 91,33% são homens (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial). Eles moram em cidades com alta desigualdade social, e não são reconhecidos como sujeitos de direitos pelo estado brasileiro, sem direitos a educação, saúde, moradia, trabalho.

E Curitiba não é diferente. Enquanto os poderes locais atuam para que a população negra permaneça na invisibilidade, a jovem e o jovem negro são os mais vitimizados pela exclusão social e violência policial.

Vamos debater o que não aparece na propaganda da cidade!

*Fotos: Camilla Hoshino, Maria Cristina de Carvalho e Lizely Borges