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O jornal Gazeta do Povo publicou, no dia 30 de abril, reportagem com os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Censo 2010 (confira a matéria na integra aqui). O jornal avalia, segundo dados do instituto, que a família brasileira está diminuindo em número de integrantes e, a população em geral, envelhecendo. As informações do Censo 2010 revelam ainda que o êxodo rural tem crescido na última década.
A presidente do CRESS/PR, Jucimeri Isolda Silveira, foi uma das fontes ouvidas pela reportagem. Segundo ela, o inchaço das médias e grandes cidades acontece por conta do modelo de desenvolvimento adotado no Brasil que, segundo ela, não valorizou o desenvolvimento regional e acabou favorecendo o crescimento desordenado das cidades. “Nos anos 1970, a exemplo da cidade industrial, as grandes cidades se tornaram centros de atração migratória”, disse. Reflexo disso é que em 60% dos municípios com menos de 2 mil habitantes houve diminuição da população, outro dado revelado pelo Censo 2010.
Esses pequenos municípios, que já sofrem com a falta de estrutura, também ficam ainda mais precarizados em épocas de colheita de safra, tempo em que acontece o êxodo de trabalhadores: “As pequenas cidades ficam vazias e acabam virando cidades dormitórios dos trabalhadores.”, avalia Jucimeri.
População envelhece
A mobilidade social e o aumento da expectativa de vida dos brasileiros/as têm feito com que a população envelheça. Hoje há mais pessoas acima de 65 anos do que crianças abaixo de 4. Com esse cenário, é preciso avaliar que políticas públicas estão sendo pensadas para acolher essa população que envelhece: “Precisamos de medidas para garantir os vínculos familiares e comunitários dos idosos bem como a proteção ao idoso”, diz Jucimeri. A presidente lembra que o Estatuto do Idoso, aprovado em 2003, é um grande avanço nesta área, demandando do Estado e da sociedade “respostas consistentes em matéria de proteção social”
Jucimeri avalia que o Brasil passa por um momento de conciliação entre o crescimento econômico e o desenvolvimento social. Segundo ela, para que este segundo aconteça é preciso investir em programas de transferência de renda – aliados às políticas públicas de desenvolvimento social, com ampliação do trabalho protegido e consolidação de reformas das estruturas na sociedade, a exemplo da tributária e agrária.
