OS 19 NUCRESS do PR se mobilizam para importante momento de escolha de novos colegiados

Assistentes sociais dos 19 Núcleos da Base do Conselho Regional de Serviço Social (NUCRESS) do Paraná reuniram-se ontem para discutir o processo de escolha de seus novos colegiados para o triênio 2020-2023. A inscrição para os/as eleitores/as ou candidatos/as pode ser feita até amanhã, dia 01 de outubro, para as eleições nos dias 5, 6 e 7 de outubro, através do link https://forms.gle/iozBwR5wDE2aw14P7

Antes das plenárias, foi realizado o webnário “Organização coletiva das/dos assistentes sociais no Paraná: Nucress e Fortalecimento da Base.”  Nesse momento, foram discutidos os espaços de organização coletiva da categoria; papel dos NUCRESS e dimensão territorial; importância de fortalecimento da base.  Os temas foram apresentados pelas assistentes sociais e integrantes do CRESS-PR: Eliane Cristina Lopes Brevilheri e Wanderli Machado, com mediação da conselheira do CRESS-PR, Márcia Lopes.

Em seguida, foram realizadas três plenárias virtuais simultâneas, em Curitiba e nas seccionais de Londrina e Cascavel, para aprofundamento do debate sobre a mobilização da base e discussões sobre os NUCRESS.

“Neste contexto de pandemia, tivemos que reorganizar o processo eleitoral com um calendário enxuto, e intensificar a mobilização junto à categoria, para que os novos representantes dos NUCRESS, em conjunto com a coordenação atual e instâncias do CRESS-PR possam participar conosco da formulação do plano de atividades do conselho de 2021”, explica a presidenta do CRESS-PR, Andrea Braga.

NUCRESS: espaços para enfrentar o atual cenário desafiador

Andrea Braga destaca que nesse cenário de pandemia e política econômica que promove o desmonte do sistema público de promoção social, afetando as condições de trabalho das/dos assistentes sociais e os direitos da classe trabalhadora, o desafio é imenso e exige a organização coletiva para fortalecimento da categoria em torno de espaços como os NUCRESS.

“Os NUCRESS no Paraná têm uma trajetória histórica muito importante. O Paraná foi o primeiro CRESS do Brasil a instituir espaços descentralizados de participação do Conselho pelos núcleos de base”, afirma Andrea Braga. “Essas instâncias têm buscado incidir no fortalecimento da categoria, na articulação de discussões, de debates, de formação política e de instrumentalização para o exercício da profissão, alinhados ao projeto ético-político do serviço social.”

Com a escolha dos novos colegiados, segundo ela, a perspectiva é  de que os NUCRESS atuem de forma articulada com as bandeiras de luta do conjunto CFESS/CRESS e com a carta programática da gestão “Unidade na Resistência, Ousadia na Luta”, que tem como eixos prioritários: Defesa, Valorização da Profissão, Orientação e Fiscalização; Formação Profissional de Qualidade; Defesa das Políticas Sociais e da Seguridade Social; Ética e Direitos Humanos; Fortalecimento dos movimentos sociais e das lutas emancipatórias; Gestão Democrática e Participativa do CRESS.

Plenária de Curitiba – Para avançar na luta em defesa dos direitos é preciso atuação coletiva

Andrea Braga conduziu a plenária de Curitiba, a qual, segundo ela, teve uma importante construção conjunta permeada pelo diálogo e avaliação dos processos que envolvem a participação da categoria no contexto dos NUCRESS.

“Deste modo, ressaltamos a necessidade de ampliar a mobilização das/dos profissionais e potencializar e criar novas estratégias de participação, articulação e incidência de pautas e demandas comuns da categoria, entendendo que a alternativa para avançarmos nas lutas e defesa de direitos vêm sempre da atuação coletiva”, afirma a presidenta do CRESS-PR, Andrea Braga.

Plenária da Seccional de Londrina – União entre experiência e fôlego de novos/as profissionais

A coordenadora da seccional de Londrina, Liana Bassi, afirma que a plenária contou com a participação dos 5 NUCRESS pertencentes à seccional. “Foi um marco muito importante, saímos muito animadas/dos.  Todos relataram já haver certa organização e encaminhamento para compor os novos representantes dessa gestão.”

Segundo ela, o mais interessante é que essas gestões, nos cinco NUCRESS, contam com profissionais novos que querem se engajar na luta lado a lado com profissionais com mais de 30, 40 anos de atuação nas instâncias de organização da categoria. “Vejo com muita esperança essa unidade entre os mais experientes na trajetória de luta e o fôlego dos profissionais novos que chegam. Isso também indica que o processo eleitoral, nos dias 5, 6 e 7 vai acontecer dentro de uma perspectiva bem democrática, de amadurecimento da categoria sobre a importância dos NUCRESS, especialmente nesse cenário de restrição de direitos, ameaça às políticas públicas, que são o campo que mais empregam os/as assistentes sociais.”

Liana Bassi diz que o resultado da plenária também demonstrou que há possibilidades de organização coletiva da categoria. “Temos que enxergar esse movimento além do contexto das dificuldades pessoais de cada um para se reunir. Precisamos avaliar no contexto político e econômico, para entendermos as motivações e as reais dificuldades de participação, e buscar respostas que favoreçam essa organização”, afirma. “E é função da sede e das seccionais dar apoio para que os NUCRESS consigam envolver um número cada vez maior de profissionais nessas organizações.”

Plenária de Cascavel – Fortalecimento de identidade e estreitamento de relações

Rogério Angelo da Silva, suplente da coordenação da Seccional de Cascavel, liderou a plenária de ontem, e destaca a importância do momento. “Para a seccional de Cascavel que teve sua implantação realizada há pouco tempo, o processo de escolha dos novos colegiados dos NUCRESS possibilita um estreitamento na interlocução com os profissionais dos diversos municípios que compõem esses Núcleos, fortalecendo a identidade da Seccional, enquanto instância de referência do Conjunto CFESS/CRESS.”

No entanto, segundo ele, há dificuldades no processo de mobilização uma vez que a articulação e organização da categoria se restringe às ferramentas de Tecnologia da Informação e Comunicação, devido ao momento de pandemia de COVID-19.  

“Ao passo que constitui possibilidade de aproximação através de mecanismos tecnológicos, há dificuldades no processo de mobilização. Visto que há uma sobreposição de eventos e atividades importantes sendo viabilizadas, por meio das mais diversas plataformas e que por vezes, atravanca a adesão mais ampla das/dos profissionais.”