As declarações e afirmações feitas pelo Padre Adenilson Malta Pedroso atingem a honra profissional das e dos assistentes sociais, desqualificando de forma generalizada o trabalho da categoria. Assim, configuram uma ofensa que afeta todos as e os profissionais de Serviço Social indistintamente. Diante disso, torna-se legítimo o direito ao DESAGRAVO PÚBLICO, conforme previsto no Código de Ética da e do Assistente Social, artigo 2.º, alínea “e”.

 

Considerando os pronunciamentos feitos pelo padre durante suas homilias, expressamos nosso repúdio às afirmações difamatórias que violam a integridade e a honra dos profissionais da área. Tais declarações, feitas de forma indiscriminada, são profundamente prejudiciais e desprovidas de fundamento.

 

É fundamental ressaltar que o Serviço Social é uma profissão alicerçada em princípios éticos que promovem a igualdade, a diversidade e o respeito aos direitos humanos. As acusações do padre não só mancham a imagem das e dos assistentes sociais, mas também propagam uma visão distorcida e equivocada da realidade. Essas declarações têm um impacto negativo na relação de confiança entre a população e os profissionais da área, enfraquecendo a credibilidade das instituições e dos serviços prestados.

 

Os comentários feitos pelo padre durante a missa também põem em xeque a integridade da profissão e o comprometimento dos profissionais com a promoção da justiça social, igualdade e respeito aos direitos humanos. Por isso, este DESAGRAVO PÚBLICO não se limita a restaurar a imagem das e dos assistentes sociais, mas também serve como um momento para reafirmar os princípios éticos e valores que norteiam a prática profissional.

 

As declarações proferidas são profundamente ofensivas e desrespeitosas, violando princípios fundamentais que regem o exercício do Serviço Social, como a “defesa intransigente dos direitos humanos e a recusa ao arbítrio e autoritarismo” (CFESS, 1993, p. 1) e o “compromisso com a eliminação de todas as formas de preconceito, promovendo o respeito à diversidade, a inclusão de grupos socialmente marginalizados e a valorização das diferenças” (CFESS, 1993, p. 1).

 

O discurso do Padre Adenilson, sendo ele uma figura pública e um líder comunitário, fomenta o ódio e o preconceito contra grupos historicamente vulneráveis e sujeitos a violações de direitos. Suas palavras contribuem para reforçar estereótipos nocivos e atitudes discriminatórias.

 

Ao utilizar um tom depreciativo, tais declarações promovem a exclusão social e estigmatizam as pessoas atendidas por políticas públicas. As palavras proferidas por figuras de destaque, como o padre, têm o potencial de causar danos sociais significativos ao perpetuar visões discriminatórias e preconceituosas.