No dia 1º de agosto, foi realizado o Seminário Paranaense Feminismos, Diversidade Trans e Serviço Social: O Trabalho de Assistentes Sociais com a População Trans e Travestis, que reuniu cerca de 100 participantes presenciais. 

 

 

A atividade, transmitida também pelo YouTube, proporcionou um espaço de aprendizado, troca e fortalecimento das práticas profissionais comprometidas com a justiça social e a diversidade. Além disso, o encontro serviu como preparativo para o “Seminário Nacional Serviço Social, Feminismos e Diversidade Trans”, que ocorrerá em Belo Horizonte (MG) nos dias 3 e 4 de setembro de 2024.


A mesa de abertura contou com a presença de Alene Rosa, representante da Abepss, Olegna de Souza Guedes, presidente do CRESS-PR, e Karen Balbini, representante do CFESS. O seminário foi conduzido por Debora Lee, Emanuely Girotto e Priscila Brasil, com mediação de Kalynka Oliveira.


De acordo com Jackson Michel Teixeira da Silva, conselheiro do CRESS-PR e um dos organizadores da atividade, a realização do seminário reforça o compromisso da atual gestão na defesa intransigente dos direitos da população LGBTI+. Ele afirma que este é o primeiro de muitos outros espaços de formação, fortalecimento e construção de saberes.

 

“O seminário foi construído por profissionais LGBTI+ que compõem importantes espaços de luta e trazem sua vivência empírica para o debate. Trata-se de um avanço para a discussão na profissão em nosso estado, considerando que o Paraná é um dos estados mais conservadores e preconceituosos do país! É urgente abordar esse tema dentro do Serviço Social, provocando um debate que é transversal a todas as áreas de atuação profissional”, afirma.

 

Dando voz ao assunto

As palestrantes discutiram o papel dos assistentes sociais no atendimento à população LGBTI+, com ênfase em pessoas trans e travestis. Destacaram a inclusão de questões LGBTI+ nas políticas de assistência social e propuseram cursos obrigatórios para apoiar movimentos sociais. Além disso, compartilharam suas experiências como feministas e defensoras dos direitos LGBTI+, abordando desafios como violência e acesso limitado à educação e saúde.

 

Elas exploraram também as teorias feministas e o ecofeminismo, a necessidade de espaços seguros e assistência médica adequada, promovendo uma visão interseccional das identidades consciente da transfobia. O evento reforçou ainda a importância de futuras conferências sobre direitos LGBTQ+ e a luta coletiva por justiça social, inclusão e equidade.

 

Kalynka Oliveira ressaltou que o Brasil vive uma alarmante violência contra a população trans, com 145 assassinatos registrados no último ano, a maioria de mulheres trans e travestis. Além disso, a comunidade trans enfrenta sérias barreiras educacionais e de acesso ao mercado de trabalho, com 90% das travestis sendo forçadas à prostituição. “Discutir a transexualidade no Serviço Social é fundamental, pois essas questões permeiam diversos espaços socio-ocupacionais. Nesse sentido, é necessário capacitar as e os assistentes sociais para entender e atender eficazmente as demandas da população trans. Por isso, o seminário foi tão importante, promovendo a troca de conhecimentos e fortalecendo práticas profissionais voltadas à diversidade e inclusão”, afirma.

 

Jackson Michel Teixeira da Silva acrescenta: “Que as vozes trans e travestis, que as vozes lésbicas, feministas, gays, bissexuais, intersexo e de toda a diversidade ecoem num grande grito pela liberdade de sermos quem somos! Pela liberdade e pela garantia de nossos direitos. Que nossas vozes sejam gritos e silenciem todo o machismo, racismo, opressão, transfobia, capacitismo e LGBFobia”.

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