Mais de 300 Assistentes Sociais participaram do Curso de Extensão Questão Indígena e Serviço Social

Nesta quarta-feira (29), o Conselho Regional de Serviço Social do Paraná (CRESS-PR) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL) realizaram o último módulo do Curso de Extensão Questão Indígena e Serviço Social, que contou com 331 Assistentes Sociais inscritos e mais de 1700 visualizações pelo canal oficial do CRESS-PR no YouTube, poro onde foram transmitidos os encontros.

O docente do Departamento de Serviço Social e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Política Social pela UEL, Prof. Dr. Wagner Roberto do Amaral, falou da importância da realização do curso.

“Acredito que o curso foi excelente, na perspectiva de pautar a temática indígena no interior da nossa profissão, da nossa categoria, pensando nos desafios, nas possibilidades para a qualificação da atuação das (os) Assistentes Sociais junto às populações indígenas, não somente no Paraná, mas de todo o Brasil”, avaliou.

De acordo com Wagner, que também é membro da Comissão Universidade para os Índios da UEL e do Paraná, como o curso foi realizado de forma remota, pode ser acessado por participantes de todo o Brasil.

“Esse conteúdo foi pensado e preparado com muito cuidado a partir do que observamos, principalmente no Paraná, sobre as indagações e dúvidas que as (os) Assistentes Sociais apresentam sobre como lidar e como compreender a questão indígena na nossa área e nas instituições que atendem essa população”, completou.

Wagner relembrou que a intenção da promoção do curso foi fortalecer a presença indígena nessa relação do exercício profissional, compreender quem são os povos indígenas, suas dinâmicas e, principalmente a força de sua ancestralidade, a importância das suas identidades distintas e diversidade étnico cultural que existe no Paraná e no Brasil.

“Sobretudo, construir coerências éticas no exercício profissional, no cotidiano das instituições. É fundamental que os profissionais da nossa área construam canais de participação, de escuta, de diálogo com as comunidades indígenas”, afirmou.

Último módulo

No módulo da quarta-feira (29), a Mestre e Doutoranda em Serviço Social e Política Social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Gilza Kaingang, pertencente ao povo Kaingang, falou sobre a realidade do atendimento feito pelos (pelas) Assistentes Sociais aos povos e comunidades indígenas no Paraná.

“Temos três etnias no Paraná: Guarani, Kaingang e Xetá. É importante a categoria, a rede que atende as comunidades indígenas se atentarem para as especificidades, da menção etnocomunitária das comunidades indígenas. Cada etnia tem a sua dimensão etnocomunitária, organização própria e um modo próprio de organização e política, social e cultural”, refletiu.