Hortas comunitárias, organizadas por Assistente Social, alimentam mais de 200 famílias

Acesso coletivo a alface, cebolinha, cenoura, manjericão e batata. É só chegar, pegar, e levar pra casa direto e pra panela. Este é o resultado do Programa Cultivar Energia, que foi implementado pelo Assistente Social, Rafael Carmona, na Copel (Companhia Paranaense de Energia), e que hoje auxilia na alimentação equilibrada de mais de 200 famílias em todo o Paraná.

“Neste dia 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, o CRESS-PR relembra boas práticas, e como o trabalho das (dos) profissionais do Serviço Social pode contribuir para reduzir os impactos de nós, seres humanos, no meio ambiente, neste Planeta enorme e diverso que temos o orgulho de chamar de Casa”, destaca a presidente do CRESS-PR, Andréa Braga.

Ela relembra que, no mês passado, o Conselho Regional de Serviço Social do Paraná finalizou o Curso de Extensão “Questão Urbana e Serviço Social”, onde no último modo profissionais de Serviço Social compartilharam suas experiências em Serviço Social na Política Urbana vivenciadas em órgãos e instituições a partir de diferentes espaços sócio-ocupacionais.

Rafael Carmona foi um dos participantes e demonstrou a sua experiência com as hortas comunitárias urbanas da Copel. Segundo ele, o programa visa fortalecer o caráter coletivo e de solidariedade a fim de garantir a organização coletiva da população local, além de promover o acesso a alimentos saudáveis e orgânicos, com mais de 200 famílias beneficiadas em seis hortas comunitárias em três municípios paranaenses: Curitiba, Maringá e Ponta Grossa. Desse total, 53% são mulheres, na faixa etária entre 56 e 69 anos.

De acordo com a Copel, cada horta produz, em média, de 3 a 3,5 toneladas de alimentos por mês, entre verduras, legumes, temperos, grãos, leguminosas, frutas, raízes, tubérculos e até mesmo ervas medicinais.

O Assistentes Social explica que a a ideia do programa de horta comunitária é possibilitar a utilização de espaços para fins de produção de alimentos orgânicos, que além de saudável, possibilita a proximidade entre quem produz e quem consome.

“O que observamos nas hortas em funcionamento é o fortalecimento das relações sociais entre membro de uma localidade, além da intensa e permanente distribuição de alimentos, para os que vivem no entorno dessas áreas. A doação de alimentos orgânicos representa hoje cerca 78% dos alimentos destinação das verduras e legumes produzidos em cerca de 26.589 m² de horta comunitária implantadas no Paraná”, ilustra.

O que as (os) Assistentes Sociais têm feito na área do meio ambiente?🔍

Carmona ressalta que as (os) profissionais de Serviço Social devem ser desafiados a olhar para o tempo presente e avançar em análise e ações concretas que, de fato, enfrentem este contexto devasto que o mundo vivencia.

“Pensar em degradação ou destruição ambiental envolve também o fim da vida humana. É comum cometermos o erro de separar o ambiental das pessoas. Na ideia do meio ambiente encontram-se as pessoas. Enfrentar esta situação significa olhar para forma como a humanidade têm se apropriado e explorado os bens da natureza e pensar formas coletivas e participativas de construção de alternativas”, completou.

O governo federal tem fechado os olhos para a questão ambiental. E, pelo contrário, tem defendido ações em nome do agronegócio, que corroboram com a devastação da Floresta Amazônica, extinção de animais, queimadas, derrubadas de árvores e destruição das matas nativas, garimpagem e tantos outros crimes ambientais, que extinguem milhares de exemplares da biodiversidade brasileira.

Posicionamento

O CRESS-PR defende a atuação profissional na questão ambiental pautada numa perspectiva crítica e ético política. São vários os espaços ocupados, desde a composição de equipes e elaboração, avaliação de programas e projetos de estudos de impacto ambiental e processos que requerem licenciamento ambiental. Neste campo de atuação, é fundamental a participação e presença das(os) assistentes sociais, considerando suas atribuições privativas e competências profissionais, que imprimem o conhecimento social e político à dimensão analítica e interventiva sobre a realidade.

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