28 de junho: Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ é a data para celebração e para a luta por direitos

O dia 28 de junho é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, uma data de extrema importância para lembrar a todas (os) sobre a necessidade de se respeitar, de lutar pela vida, pela liberdade individual e de grupo e pela liberdade de ser. É preciso dar visibilidade às vivências LGBTs e trazer ao debate a importância da luta contra os preconceitos e contra a violência que mata milhares de pessoas simplesmente por conta da diversidade em suas trajetórias e escolhas.

“No país que mata e violenta LGBTs diariamente a nossa reivindicação principal é pelo direito à vida, a liberdade e a dignidade. É muito decepcionante que em 2021 ainda tenhamos que defender essas questões tão básicas, mas é uma realidade que precisa ser encarada. Além dessas questões primárias, acredito também que a criminalização da LGBTfobia, com medidas educativas que realmente contribuam para a superação do preconceito. Importante que as instituições possibilitem visibilidade dessa comunidade durante todo o ano para que possamos por nossas próprias vozes construir novas narrativas”, afirma o assistente social e conselheiro do CRESS-PR, Lucas Januário.

O dia 28 de junho ficou marcado na história por conta de uma noite em 1969, quando policiais disfarçados prenderam frequentadores do bar Stonewall Inn, em Nova York, nos Estados Unidos, alegando “conduta imoral”. Na época, os gays eram impedidos de se reunirem em locais públicos com a alegação de que causariam “desordem”. Na época, porém, a lei já havia sido revogada. Simpatizantes impediram a saída dos policiais e protestaram imediatamente, o que ocasionou conflitos violentos. Diversos protestos contra a intolerância e o preconceito foram marcados a partir do dia seguinte. Um ano depois foi realizada uma marcha que lembrou o episódio e foi considerada a primeira parada gay dos Estados Unidos. O dia então passou a ser considerado o dia do Orgulho Gay e, posteriormente, do Orgulho LGBTQIA+.

O dia 28 de junho é a data para lembrar que não é possível mais aceitar e tolerar comportamentos homofóbicos e transfóbicos. Muitas marcas e celebridades tenham passado a se posicionar pela causa e representantes gays, lésbicas ou trans tenham passado a conquistar espaços na política. A luta ganhou importantes capítulos 2011 quando o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu e equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo, conferindo o status de família, e quando o mesmo STF em 2019, tipificou a homofobia e a transfobia ao crime de racismo. Essa segunda decisão ocorreu porque o Congresso Nacional não aprovou nenhuma lei sobre o tema. Essa omissão, combinada à intolerância, o preconceito e a violência ainda estão muito presentes em nosso país, sendo verificadas nas falas de líderes políticos, religiosos e de outras pessoas influentes. É preciso de fato avançar nessa discussão e responsabilizar todos aqueles que cometem esse tipo de violência contra a liberdade das pessoas.

Nesse sentido, a (o) assistente social tem como dever, a partir do Código de Ética da profissão, de combater esse tipo de preconceito e intolerância e agir em favor daquelas (es) que são prejudicadas (os). “Como essa população está inserida nas mais diversas políticas públicas onde se inserem assistentes sociais, nossa principal contribuição deve ser a fim de garantir que essas pessoas tenham a garantia de seus direitos preservados considerando as mais diversas realidades que se colocam para essa população”, explica Lucas.

O CRESS-PR manifesta novamente todo o seu apoio a essa causa tão essencial para a vida de milhares de brasileiras (os) LGBTQIA+. Seguimos na luta.