A CT de Assistência Social realizou, na última quinta-feira (15 de abril), o 1º Ciclo de Debates sobre o Trabalho da (do) Assistente Social na Política de Assistente Social com o objetivo, de criar um espaço de debates sobre as dificuldades e limites impostos no cotidiano do trabalho profissional. Esse primeiro encontro foi voltado para Secretárias (os) Municipais e Estadual da Política de Assistência Social com formação em Serviço Social.
Participaram do encontro mais de 90 participantes entre assistentes sociais e acadêmicos de serviço social de diversas regiões do Estado do Paraná e também assistentes sociais e gestores da Politica de Assistente Sociais de municípios dos Estados de Goiás e São Paulo.O evento teve como convidado palestrante Elias de Sousa Oliveira, Secretário de Assistência Social de Foz do Iguaçu e presidente do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas).
Elias ressaltou que, para ser gestor, é necessário ter conhecimento técnico (saber as legislações pertinentes), operativo (normativas das políticas e como elas se operacionalizam, inclusive financeiramente) e ético. A forma como o gestor vai conduzir o seu trabalho se relaciona a sua concepção de ser humano e de mundo. Tendo domínio desses elementos, o gestor precisa fazer a disputa política e a mediação junto ao governo e demais gestores das políticas públicas.
O palestrante defendeu que o cargo de gestor da Política de Assistente Social é um espaço que deve ser ocupado pelas (os) assistentes sociais. Porém, é preciso intensificar os processos de discussão sobre o tema. “Percebo que produzimos lacunas por muito tempo. Quando falamos de gestão percebo que muitas vezes sabotamos esse processo de discussão. Precisamos falar sobre o que é ser ordenador de despesa, o que é ser gestor, falar de financiamento e gestão financeira. Precisamos pensar nessa educação permanente como estratégia de fortalecimento e capacitação no processo de formação de líderes”, afirmou Elias.
Para ele, “o que é fundamental para a nossa luta de assistentes sociais entre as políticas públicas de Assistência Social é o quanto conseguimos nos conectar aos espaços e lutas coletivas, porque eles são fundamentais para a reflexão e para a elaboração de estratégias. É preciso pensarmos nas transformações que podem mudar as vidas das (dos) trabalhadoras (es) e nos associarmos a uma luta maior”, destaca.
Elias nos lembrou que a gestão é composta pela (o) Secretária (o) da Assistência Social, pelas (os) trabalhadora (es) do órgão gestor, pelas (os) coordenadora (es) dos serviços e equipamentos das políticas públicas e entidades parceiras. É nesta perspectiva que será realizado o 2° Ciclo de Debates sobre o Trabalho da (do) Assistente Social na Política de Assistente Social no dia 26 de abril. O público-alvo será para profissionais que atuam nos órgãos gestores da Política de Assistência Social, dos Municípios e do Estado, coordenadores de projetos e equipamentos públicos e aqueles que atuam nas Secretarias Executivas dos conselhos vinculado à Política de Assistência Social. Nos próximos dias informações sobre inscrições no evento serão divulgadas.