Dia 2 de abril: Dia Mundial de Conscientização do Autismo

O Dia 2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, data definida pela ONU em 2007. Nessa data, monumentos e pontos turísticos em todo o mundo são iluminados com luz azul em apoio à causa. Em todo o Brasil, a causa também segue uma campanha única: “Respeito para todo o espectro”.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição de saúde caracterizada por déficit em duas importantes áreas do desenvolvimento: comunicação social e comportamento. Existem muitos subtipos do autismo que se manifestam de uma maneira única em cada pessoa. Por conta da abrangência e dos diversos tipos de comprometimento se usa o termo “espectro”, uma vez que há pessoas com comorbidades associadas, como deficiência intelectual ou epilepsia até pessoas independentes e que nunca tiveram o diagnóstico do autismo.

A (o) assistente social tem um papel fundamental quando o assunto é garantir os direitos sociais às pessoas com essa condição.

“É a partir da escuta e do entendimento das histórias de vida e da mudança do lugar que nos colocamos perante o outro, que entendemos essas (es) sujeitas (os) de direitos, como suas famílias convivem, compartilham cultura, trocam vivências e experiências”, explica Eduardo Augusto Farias, assistente social e mestre em serviço social e política social, que atua na APAE de Mauá da Serra/PR, sendo pesquisador da área da deficiência e suas famílias.

Eduardo explica que cabe às (aos) profissionais do Serviço Social a viabilização, o encaminhamento e o acesso a políticas sociais. “Optamos pela direção vinculada a matriz crítica e ao Projeto Ético-Político do Serviço Social no combate aos preconceitos, à segregação e ao capacitismo”, afirma.

Conheça alguns dos direitos básicos de quem sofre com TEA:

• Sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida;

• Acesso à educação superior, à educação profissional e tecnológica e a jogos e atividades recreativas, esportivas e de lazer em igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas no sistema escolar;

• Solicitar atendimento especializado para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibular, que pode incluir mais tempo para resolver as questões ou outras adaptações necessárias para a pessoa com autismo;

• Atenção integral à saúde em todos os níveis de complexidade por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o que inclui serviços de diagnóstico, atendimento, habilitação e reabilitação, tratamento ambulatorial e internação prestados por equipe multidisciplinar;

• No caso do autismo o BPC pode ser concedido à pessoa ainda na infância;

• Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) – Lei nº 13.977 de 8 de janeiro de 2020, que deve objetiva facilitar o atendimento prioritário já garantido por lei.