O CRESS-PR lança hoje um novo banner em sua página principal com o título “CRESS-PR na luta pela vacina para todas e todos”. O material faz parte da campanha do CRESS para que a vacina possa chegar a todos as (os) brasileiras (os) o mais breve possível. Em meio à ineficácia das políticas públicas de enfrentamento da pandemia, aos graves danos sociais que milhões de famílias vêm sofrendo ao longo do último ano e ao elevado número de contaminados e mortos no Brasil, hoje a nossa única saída para que o país possa retomar a um novo normal é a vacina.
Até a segunda-feira (22), de acordo com números do Portal G1, o Brasil havia vacinado 12,27 milhões de pessoas (5,80%) com a primeira dose e 4,21 milhões (1,99%) com a segunda dose. Ainda que o país esteja em quinto lugar no ranking mundial em números absolutos, no ranking proporcional (que considera o número de vacinas aplicadas a cada 100 mil habitantes), o Brasil está apenas na 60ª colocação, com 6,64 doses a cada 100 mil pessoas. Os números são muito preocupantes uma vez que há mais de duas semanas o Brasil é o líder mundial no número de mortos por dia. A demora para a aplicação das vacinas representa, a cada dia, mais vidas perdidas e um agravamento da desigualdade social e econômica no país.
Atualmente, o Brasil conta com duas vacinas: a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, e a AstraZeneca/Oxford, produzida pela Fiocruz. Atualmente, os dois laboratórios produzem a vacina em solo brasileiro. A Pfizer também já teve aprovado o uso definitivo de sua vacina e outros imunizantes como o da Sputnik V, do laboratório russo Gamalea, da Janssen e do consórcio Covax também poderão chegar ao Brasil em breve. Mas para isso, se faz necessário que a população pressione as autoridades, inclusive estaduais e municipais, para que haja mais agilidade nos processos de compra e distribuição, uma vez que a administração federal tem se mostrado ineficiente nesse sentido.
Além disso, o CRESS-PR também orienta que é necessário manter os cuidados para evitar a contaminação pelo coronavírus, especialmente em um momento em que o país tem sido dominado pelas variantes, mais transmissíveis e mais mortais. É preciso lembrar que apenas a primeira dose não representa uma imunização completa e que mesmo quem já recebeu as duas doses poderá transmitir a doença para outras pessoas que não se vacinaram. Portanto, a utilização de máscaras, do álcool gel e do distanciamento social são medidas essenciais para o momento, assim como as medidas de restrição nos municípios. Nesse momento, é essencial que as pessoas tenham consciência e continuem tomando todos os cuidados, deixando de lado interesses particulares e em prol da sociedade.
Desde o início o CRESS manifesta a sua posição de ser favorável à vacina de maneira imediata para todas(os). E assim permanecerá em defesa da classe trabalhadora e em defesa da vida. A ciência e a saúde são os únicos caminhos para enfrentarmos o mar de escuridão, morte e negacionismo que nos cerca.