NUCRESS Litoral discute tempos de pandemia: Momento é de fortalecimento da categoria junto ao sindicato e ao CRESS-PR

Assistentes sociais do NUCRESS Litoral reuniram-se virtualmente para discutir as “Novas estratégias de atendimento do usuário e de proteção à saúde da/do assistente social, em tempos de pandemia.”

O foco do encontro foi a escuta e a troca de experiências entre assistentes sociais e estudantes, que também puderam tirar dúvidas e receber informações das palestrantes Vanessa Rocha, agente fiscal do CRESS Sede, e Kristiane Plaisant, presidente do Sindicato de Assistentes Sociais do Paraná.

A assistente social Larissa Bastos, de Matinhos, uma das organizadoras do evento, afirma que o encontro trouxe vários ganhos. “Foi possível conhecer como diferentes pessoas estão vivendo a pandemia, provocar a participação de profissionais, trocar experiências.” Ela ressalta a contribuição das palestrantes para reflexão sobre estratégias de atuação, esclarecimentos de dúvidas sobre as condições éticas e técnicas de trabalho, informações sobre os papéis do sindicato e do Conselho, especialmente no contexto atual.

 “Foi bastante destacada a importância de levarmos as demandas de trabalho ao CRESS e do fortalecimento enquanto categoria a partir do sindicato, um espaço para as demandas trabalhistas”, diz Larissa Bastos

A assistente social afirma que a troca de experiências durante o evento foi bastante rica. Um problema que apareceu na fala da maioria, de acordo com Larissa, é a ausência de EPIs e a precariedade das condições técnicas de trabalho durante a pandemia.

Para Ana Perla Galvão, assistente social em Paranaguá, e também uma das organizadoras do Encontro, o resultado foi bastante satisfatório. “Tivemos um número razoavelmente pequeno de participantes (27 entre profissionais e estudantes), mas pelo nosso histórico de participação, superou minhas expectativas.” A assistente social destaca também a oportunidade de aproximar as palestrantes das/dos profissionais que ainda não as conheciam.

Estratégias de atuação na pandemia

Em sua fala, Vanessa Rocha destacou que o trabalho profissional deve ser executado com total segurança. “A requisição e defesa destas condições é parte da necessária articulação coletiva entre os/as profissionais nos diversos locais de trabalho.”

A agente fiscal falou também sobre a prerrogativa das/dos assistentes sociais sobre os processos de trabalho. “As instituições de trabalho passam por um processo de reorganização das ofertas dos serviços como meio de evitar a contaminação, logo, cabe aos/as assistentes sociais a definição de prioridades de atendimento, a redefinição das formas e possibilidades de intervenção, de maneira a identificar quais podem ser realizadas remotamente, como telefone, mídias sociais e demais ferramentas institucionais.”

A pandemia fez com que muitos usuários busquem as políticas sociais para atendimento de suas necessidades. Para diminuir o fluxo de pessoas nas instituições, em busca dos benefícios eventuais, para garantia de sobrevivência, Vanessa Rocha destacou em sua fala, que uma das estratégias é identificar quem são essas pessoas, onde estão, e quais suas condições de vida.

Outro ponto bastante abordado por assistentes sociais, é que quanto à privacidade dos atendimentos. As estratégias destacadas pela agente fiscal são a utilização de salas de atendimento coletivo, por serem mais amplas, atendimento remoto, com atenção ao sigilo e as efetivas condições éticas e técnicas e de acesso da população aos meios remotos.