Assistentes Sociais pela Democracia e pelo Direito à Memória, Verdade e Justiça

Foto: Mídia Ninja

 

O cenário atual de cultura do ódio e apelo por regimes totalitários por parte da sociedade exigem a resistência e a visibilidade dos efeitos perversos da ditadura no Brasil.

O golpe de Estado registrou a morte e o desaparecimento de 434 opositores ao regime; 8 mil indígenas mortos; prisões ilícitas, torturas e violências sexuais entre 30 e 50 mil.

Foto: Mídia Ninja

 

Assistentes sociais também estão nesta luta. Muitas/os tiveram seus direitos violados por defenderem a democracia. Entre as/os assistentes sociais paranaenses, a nossa homenagem para Maria de Fátima Azevedo, militante histórica da Assistência Social e da Seguridade Social, e Lídia Maria Monteiro da Silva, professora aposentada da Universidade Estadual de Londrina (UEL), uma grande referência do pensamento crítico dialético.

Foto: Márcia Lopes

A Assistente Social, professora aposentada da UEL e ex-ministra Márcia Lopes, que participou da mobilização em Londrina, relembra que viveu os resquícios da ditadura militar e autoritarismo, que matava qualquer possibilidade de discussão e participação na construção dos rumos da sociedade, comunidades locais, universidades, em defesa dos direitos e dignidade da população. “Em 1976, como estudante de Serviço Social da UEL, os professores tinham que dar aulas de portas abertas, com pessoas andando nos corredores. Movimento estudantil na clandestinidade, polícia impedindo a reprodução dos jornais do DCE, estudantes presos em cada momento das lutas pela gratuidade e qualidade do ensino, defesa de bandeiras comuns, pelo acesso a terra, creches, saúde universal, e liberdades democráticas. Foram tempos sombrios e que só a luta e organização dos trabalhadores, das mulheres, dos jovens, foi revertendo até chegarmos a CF/88”. Márcia Lopes, que também compõe a gestão ampliada do CRESS-PR, afirmou que “Neste 31 de março, o Brasil voltou às ruas, execrando qualquer possibilidade da volta de uma ditadura que mata, anula e massacra os sonhos de liberdade, equidade e justiça. Muito bom ver os jovens ocupando as ruas e cantando o futuro desejado!!! Viva a democracia!”.

A memória e a verdade são direitos humanos fundamentais numa democracia! Continuaremos na luta intransigente dos direitos humanos, da liberdade, da democracia, por uma sociedade radicalmente  livre, justa e igualitária!