Secretário do Cress Seccional Londrina participa de ciclo de entrevistas sobre a reforma da Previdência na Rádio Brasil Sul

 

Neste domingo (24/03), a reforma da Previdência Social foi tema da entrevista que o secretário da Seccional de Londrina do Conselho Regional de Serviço Social do Paraná (CRESS-PR), Daniel Soares da Silva, deu ao apresentador Roosevelt Dominguez (Gringo), na Rádio Brasil Sul, de Londrina.

Daniel explicou as diferenças entre o sistema adotado no Brasil e o modelo proposto pelo governo de Jair Bolsonaro que é, segundo ele, voltado ao mercado financeiro, ao contrário do que está em vigência hoje. “Temos um regime de partilha, um regime solidário, uma previdência solidária com a sociedade que contribui”.

Ele também falou sobre o que vai significar para o brasileiro, ter que esperar 40 anos para receber a aposentadoria integral. Sem contar os cortes da aposentadoria por invalidez, de pensão por morte, as alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC), e os seus impactos. “Trata-se de um retrocesso tanto agora quanto futuramente. Esse sistema de capitalização só vai beneficiar bancos e empresas privadas, e se essas empresas quebrarem, quem vai dar garantia para o trabalhador, para o contribuinte?”, questiona.

Para Daniel, esse sistema é uma incógnita, mas que já gerou miséria no Chile, e um grande número de suicídios de chilenos que não estão conseguindo pagar a contribuição. “E é esse sistema que o governo Bolsonaro quer implantar no Brasil”.

O presidente Jair Bolsonaro foi duramente criticado durante a entrevista. Na opinião de Daniel, desde que assumiu, o governo mostrou que não tem uma política para o país, no sentido econômico, social. “É um governo que já começou totalmente errado , não tem direcionamento, está perdido, não se reconhece, não sabe governar, e tem causado todo esse caos que nós estamos vivendo atualmente no país”.

As perguntas também abordaram a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer, e apoiada pelo partido de Bolsonaro. Havia uma perspectiva da geração de mais de 2 milhões de empregos formais que acabou não se concretizando, o que gerou um impacto negativo em todos os setores. “À medida que o país não cresce, não gera emprego, e sem renda, não há como garantir a contribuição previdenciária”. Daniel também questionou o déficit da Previdência apresentado pelo governo, o que para ele, é uma falácia.

Para aprofundar a análise dos impactos da reforma da Previdência Social, a conselheira do CRESS em Londrina, Viviane Peres dará continuidade ao debate, no domingo (31/03), a partir das 14h, na Rádio Brasil Sul.