Mulheres são protagonistas de manifestações em mais de 400 cidades

Foto: Ricardo Stuckert

O dia 29 de setembro foi um dia histórico para as mulheres em centenas de cidades do Brasil e do mundo. Elas saíram às ruas em 438 municípios diferentes, em todos os estados brasileiros e também em mais de 34 países, conforme apuração do Mídia Ninja.

O objetivo da manifestação foi protestar contra o avanço de pensamentos totalitários e fascistas que pregam o ódio, a violência, reforçam o racismo, a LGBTfobia, a misoginia e toda forma de preconceito, além do cerceamento da liberdade, que surge como alternativa de poder no país. Aqui (inserir link: http://midianinja.org/news/elenao-aconteceu-em-mais-de-400-cidades-em-34-paises-balanco-ninja/ ) você pode conferir todas as cidades que tiveram manifestações.

O movimento organizou-se a partir de um grupo do Facebook (colocar link: https://www.facebook.com/groups/499414607198716/ ) e apresentou caráter multipartidário, configurando-se como um ótimo exemplo de como é possível compor um arranjo a partir de identidades e agendas tão distintas, unindo quem luta pelos direitos humanos. Em Curitiba-PR, o ato iniciou-se na Boca Maldita e as/os manifestantes seguiram pelo calçadão da Rua XV de Novembro até a Praça Santos Andrade, onde fica o Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Dentre as milhares de mulheres e homens que participaram desse ato, a categoria de assistentes sociais, comprometidas com a profissão e seu projeto ético-político profissional, se fez presente para protestar e defender os princípios éticos profissionais regulamentados pelo Código de Ética Profissional do Assistente Social, aprovado em 1993 pela Lei de Regulamentação Profissional nº 8662/93. O documento refuta amplamente o retorno de modelos ditatoriais de governo que demonstram desrespeito à democracia, tão arduamente conquistada, e à diversidade humana.

O Código de Ética Profissional é fruto de amplo debate no interior da categoria profissional, em um contexto histórico que marcou o rompimento com o conservadorismo e a neutralidade no Serviço Social, a partir do qual considerou-se o ser social em suas diversas dimensões de classe, gênero, etnia, geração, orientação sexual, entre outras, em claro vínculo com a defesa da classe trabalhadora. O Código traz 11 princípios éticos que se articulam, dada sua elaboração ter sido feita a partir da apreensão das complexidades da realidade social. Ele está legalmente referendado e deve ser defendido de forma hegemônica pela categoria. Isto é, sua observação se coloca como dever ético-profissional. Tais princípios perpassam todo o Código de Ética, portanto, sua observância se vincula ao exercício profissional ético e competente do assistente social.

Abaixo você pode conferir alguns registros do ato do dia 29 de setembro de 2018, em Curitiba.

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