CRESS-PR marca presença em encerramento do Projeto Expressão Trans

Em plena campanha dos 16 dias de ativismo contra a violência às mulheres e meninas*, o CRESS-PR participou do encerramento das atividades do projeto Expressão Trans. Durante o evento, realizado no dia 24 de novembro, também foi lançado o book institucional do Transgrupo Marcela Prado.

O objetivo do Projeto Expressão Trans é desenvolver ações com a temática transgênero em universidades, incluindo alunos, funcionários e professores. Por meio de oficinas e eventos direcionados à população trans, o projeto levanta debates e espalha informações importantes sobre os direitos sociais e jurídicos de seu público alvo.

A vice-presidenta do CRESS-PR, Elza Maria Campos, destacou sua emoção em participar deste momento especial e evidenciou que a luta contra a violência, o preconceito e toda forma de discriminação é papel central previsto no Código de Ética do/a assistente social e que o Conselho, em conjunto com o CFESS, reafirma o compromisso de se colocar contra todas as formas de exploração e discriminação de classe, gênero, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física e reassegura a defesa dos direitos humanos da população LGBT.

A conselheira também pontuou que a categoria de Assistentes Sociais foi a primeira a incluir o nome social no documento de identidade profissional, além de coibir condutas discriminatórias e preconceituosas contra a População LGBT.

Elza parabenizou a coordenadora Rafaelly Wiest, a assistente social Thais Mangger e todos/as os/as envolvidos/as pelo trabalho inovador realizado pelo Transgrupo, que tem como objetivo promover a cidadania, a saúde, educação, segurança pública, cultura, a promoção e defesa dos direitos humanos plena das/os travestis e transexuais, combater os estigmas socialmente construídos sobre o tema, bem como construir paradigmas que realmente representem a realidade das e dos travestis e transexuais, especialmente das/os TPVHA (travestis e transexuais vivendo com HIV/Aids) do Paraná.

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* Os 16 dias de ativismo declarado pelo I Encontro Feminista da América Latina e Caribe (em 1981) como o dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres – e finalizando no dia 10 de dezembro – dia Internacional dos Direitos Humanos, no Brasil tem data de inicio no dia 20 de novembro, dia de consciência negra pelo reconhecimento histórico da opressão e discriminação contra a população negra e, especialmente, as mulheres negras brasileiras que têm suas vidas marcadas pela opressão de gênero, raça e classe social. Desse modo a campanha vincula a denúncia e a luta pela não violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos. Hoje, cerca de 130 países desenvolvem esta Campanha, conclamando a sociedade e seus governos a tomarem atitude frente à violação dos direitos humanos das mulheres.