Curitiba irá realizar no próximo domingo, dia 5 de novembro, sua 18ª Parada da Diversidade LGBTI. “O que eu tenho a ver com isso?” é o tema deste ano, e nos provoca a pensar sobre qual nosso papel, enquanto Assistentes Sociais, nesta luta e na participação neste ato de mobilização da sociedade em torno da agenda de promoção e defesa dos direitos humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersex.
A Parada da Diversidade LGBTI de Curitiba, promovida pela Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD), também abordará temas como racismo, machismo, xenofobia, intolerância religiosa e prevenção de HIV/Aids.
No ano passado assistentes sociais marcaram presença no evento, que aconteceu no dia 13 de novembro e teve como tema “E por falar em juventude… juventude LGBT, juventude negra e juventude de terreiro”. A assistente social Tamires Oliveira, conselheira do CRESS-PR, falou em nome do Conselho para as milhares de pessoas presentes sobre a defesa e luta cotidiana das/os profissionais do Serviço Social junto aos movimentos sociais pelos direitos da população LGBT, em defesa da liberdade e contra toda forma de opressão.
Afinal, o que temos a ver com isso?
Em 28 de junho, Dia do Orgulho LGBT, publicamos um CRESS-PR em Movimento no qual enfatizamos que a violência contra a população LGBT é agravada pela falta de políticas públicas. Em 2016, a cada 25 horas uma pessoa LGBT foi morta no Brasil no ano passado, o que demonstra o quanto esta população é vulnerabilizada.
A violência contra a população LGBT é diária e se manifesta de diversas formas, provocando medo, auto-violência, aumento do suicídio entre jovens e indiferença, especialmente pelo avanço do conservadorismo e do preconceito.
Em nossas Bandeiras de Luta, aprovadas no 44º Encontro Nacional CFESS-CRESS, reafirmamos o compromisso de nos posicionarmos contrariamente “a todas as formas de exploração e discriminação de classe, gênero, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física” e de “defender os princípios de Yogyakarta, o Plano Nacional Cidadania e Direitos Humanos LGBT e o Plano Nacional de Saúde da População LGBT”.
No 46º Encontro Nacional, realizado em setembro, foram acrescentadas às Bandeiras de Lutas, como nossas tarefas, “reforçar as lutas pelas diretrizes contidas na versão original do PL122/06, que propõe a criminalização da homofobia” e “defender que as violações de direitos humanos em razão da orientação sexual e identidade de gênero sejam passíveis de responsabilização a partir de legislações específicas”.
Lutar contra a violência, o preconceito e toda forma de discriminação também é nosso papel. É por isso que convidamos as/os Assistentes Sociais a participarem da 18ª Parada da Diversidade LGBTI de Curitiba, em apoio e solidariedade a esta luta.
18ª Parada da Diversidade LGBTI de Curitiba 5 de novembro de 2017 | DomingoPROGRAMAÇÃO 12:00 | Início da concentração 13:30 | Abertura Oficial 14:00 | Saída da Parada 20:00 | Encerramento das atividades |