Um dia histórico para as mulheres de todo o mundo! Em vários países, milhares de mulheres saíram às ruas neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para lutar pela garantia de direitos e afirmar: “Se nossas vidas não importam, que produzam sem nós”.
A assistente social Sueli Coutinho trabalha na Secretaria de Estado da Saúde e é militante nos movimentos feministas. Enquanto representante do SindSaúde-PR, faz parte do Conselho Estadual de Direitos para as Mulheres e das Comissões de Saúde dos Conselhos Estadual e Municipal de Curitiba. Para ela, o 8 de março sempre foi e sempre será um dia de luta para as mulheres. Dia para destacar as lutas por direitos sociais e políticos.
“Apesar de contarmos com mais de um século dessas lutas no mundo todo, onde conquistamos o direito ao voto, ao acesso à educação superior, a políticas de saúde e políticas públicas para as mulheres, entre outros, a conjuntura atual não considera e não respeita esses direitos adquiridos. Infelizmente vivemos em tempo de retrocesso nas políticas sociais e trabalhistas”, avalia Sueli.
Para ela, o aumento das mortes por feminicídio, violência doméstica, social e obstétrica, entre outras formas de violência, além da reforma da previdência social em discussão no Congresso, que aumenta o tempo de trabalho e contribuição e reduz os valores pagos nas aposentadorias, são alguns exemplos do retrocesso que vivemos.
Sueli ressalta que a chamada do movimento feminista para este ano, “Nenhuma a Menos”, é um grito de ordem iniciado pelo Movimento Internacional iniciado em 2015, na Argentina, assim como também a proposta de greve ‘se as mulheres param, o mundo para’. “Neste 8 de março, gritamos e enfatizamos que não iremos admitir nenhuma a menos, nenhum direito a menos, e vamos parar as nossas cidades, o Brasil, o Mundo, vamos parar para que sejamos respeitadas em nossos direitos”, enfatiza Sueli.
Sueli Coutinho deixa um recado para todas/os as/os Assistentes Sociais: “Nós trabalhamos para a garantia dos direitos sociais, nos mais diversos espaços socio-ocupacionais e em todos esses temos que estar atentas e atentos para as principais violações desses direitos. Ter um olhar atento para a violência doméstica, intervindo para o acesso da vítima aos serviços de proteção e saúde, participando dos diversos conselhos de políticas públicas, propondo e fiscalizando a execução dessas políticas, e tendo sempre em conta que como trabalhadoras e trabalhadores estamos sendo atingidas por essa precarização das políticas públicas”.