30 horas é prioridade para assistentes sociais
Aconteceu terça-feira, 8/2, a primeira reunião de assistentes sociais de vários locais de trabalho da Secretaria de Estado da Saúde, Sesa. A articulação desse debate foi do SindSaúde, do Conselho Regional de Serviço Social – CRESS – e Sindasp – Sindicato dos Assistentes Sociais. O debate girou em torno da urgência em retomar a luta pela publicação do decreto para regulamentar a jornada das categorias profissionais que possuem lei federal.
Resgate I – O grupo resgatou todos os passos, todo o caminho que o processo percorreu. As ‘visitas’ à Procuradoria Geral do Estado – PGE. Os intensos debates. Muitos obstáculos, mas a nossa organização e insistência eliminaram esses obstáculos. A PGE deu parecer favorável.
Fomos também à Secretaria de Administração e Previdência do Estado – Seap. Quem não se lembra quantos embaraços, quantos entraves foram impostos pela Seap? Mais uma vez conseguimos superar cada um deles. Com argumentos, com números, com conhecimento de causa.
E a Sesa? Lembra como o secretário Michele Caputo se dizia favorável à redução de jornada? Só enrolação.
Diante dessa trajetória podemos dizer que 2016 se encerrou com frustração: a de não entender por que tanto desinteresse do governo? Por que submeter as/os servidores da saúde à jornada desumana? Por que assegurar que há empenho da Sesa em resolver, mas no concreto nada de encaminhar?
Resgate II – Em dezembro do ano passado, em reunião entre SindSaúde e Sesa, o governo informou que o Comitê de Gestão e Política Salarial disse que a redução de jornada causaria sim impacto financeiro aos cofres públicos. Pegou o pepino e devolveu à Sesa. Ou seja: tudo voltou à estaca zero.
Vale dizer que o Comitê é coordenado pelo secretário Mauro Ricardo, da Fazenda, e que de serviço de saúde não entende nada!
Na avaliação do grupo, o secretário da Fazenda exerce forte influência sobre Beto Richa. “Mas Caputo também exerce”, rebate uma das assistentes. Será que o homem que tem a chave do cofre venceu a queda de braço com Michele? Ou será que o secretário da Saúde não está nem aí pra decreto nenhum?
Independente da disputa interna do governo, o que nos interessa é retomar a luta pela redução da jornada garantida em lei.
Passo seguinte – Você, que é assistente social da Sesa, se ligue: vai rolar nova reunião da categoria, desta vez de todo o Estado, dia 11 de março, sábado, às 9 h, em Curitiba. O objetivo é planejar novas ações para defender o que está escrito na lei.
As assistentes sociais filiadas ao SindSaúde, que moram no interior, terão as passagens e a alimentação custeadas pelo Sindicato. Para participar, entre em contato com 41-3322-0921 ou pelo whats ou ainda pelo contato@sindsaudepr.org.br
Na marra – Se a gente não se organizar, a Sesa não vai se mexer. Esse decreto não vai cair do céu se não tiver muita luta. O Sindicato reitera que vai agendar reuniões com outros profissionais de outras categorias que têm lei federal e conta com a participação de todas/os. A impressão que dá é que teremos de fazer na marra aquilo que determina a lei e o governo não cumpre.
Fonte: SindSaúde Paraná