ABEPSS Itinerante realizado em Curitiba debateu formação e trabalho profissional

Assistentes Sociais que atuam como supervisores/as acadêmicos/as e supervisores/as de campo, além de estudantes de Serviço Social, se reuniram em Curitiba nos dias 4 e 5 de novembro para o Abepss Itinerante Paraná, que teve como tema “Os fundamentos do Serviço Social em debate: formação e trabalho profissional”.  

O ABEPSS Itinerante tem como objetivo fortalecer a concepção dos fundamentos teórico-metodológicos e ético-políticos do Serviço Social, que consubstanciam a lógica das Diretrizes Curriculares da ABEPSS e o trabalho Profissional. 

O encontro contou com a presença da professora Dr.ª Olegna de Souza Guedes, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que no primeiro dia das atividades falou sobre a precarização do trabalho, a reconfiguração de intervenção do Estado e Políticas Sociais e a expressão da questão social. 

Olegna ressaltou que é fundamental decifrar as novas formas de expressão da questão social para projetar formas de resistência e defesa dos direitos. É necessário, segundo ela, fazer uma reflexão sobre como nos construímos enquanto sujeitos históricos. 

Entre os desafios enfrentados pela categoria trazidos nos debates estão: a diversidade e a precarização das condições objetivas de trabalho, que tornam o processo de articulação mais difícil; a desvalorização do tripé ensino/pesquisa/extensão, como consequência de uma formação que está mais voltada para o mercado; dissolução do sentimento de pertença da categoria profissional enquanto classe trabalhadora; a necessidade de centralização nas lutas populares e articulação com os movimentos sociais, dentre outros. 

Divididos em grupos de trabalho, os participantes do encontro elencaram algumas estratégias para enfrentar tais desafios, dentre elas: debater com profundidade o papel do/a supervisor/a de estágio; criação de fórum de supervisores/as; publicização e qualificação das lutas com a categoria, unidades acadêmicas (UFAS) e Movimentos Sociais; aprovação da lei da Política Nacional de Estágio; fortalecimento e retomada de formas de organização coletiva da categoria e de sua relação com outras categorias; maior envolvimento das entidades da categoria na articulação de fóruns, frentes e campanhas.