Visibilidade Trans: esta luta também é do Serviço Social

O dia 29 de janeiro marca as comemorações do Dia da Visibilidade Trans. A data foi criada em 2004, durante o lançamento da campanha “Travesti e Respeito”, a primeira contra a transfobia no país, promovida pelo Departamento DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. A campanha foi idealizada e pensada por ativistas transexuais visando a promoção do respeito e da cidadania.

As pessoas trans são as principais vítimas da violência entre a população LGBT no país. O último Relatório de Violência Homofóbica publicado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República aponta que grupos de travestis e transexuais são os mais suscetíveis à violência, que se expressa através de injúrias, agressões físicas e psicológicas e assassinatos, todos os dias.

A psicóloga do Trans Grupo Marcela Prado, Thayz Ataíde, explica que é essencial esclarecer o que é ser uma pessoa trans. “Precisamos combater o preconceito gerado pela desinformação, mostrando que as trans são cidadãs e parte integrante da sociedade. São estudantes, funcionárias públicas, cabeleireiras, professoras, que querem conviver em harmonia com a sociedade”.

CRESS-PR na defesa da diversidade

O CRESS-PR vem buscando ampliar o debate sobre a temática da diversidade LGBT junto à categoria. Em maio do ano passado o Conselho realizou o 1° Colóquio Reflexões Críticas sobre os Direitos das pessoas trans, com o objetivo de discutir a relação entre o Serviço Social e a efetivação de direitos desta população.

Nos dias 11 e 12 de junho de 2015 o Conselho esteve presente no Seminário Nacional “Serviço Social e Diversidade Trans: exercício profissional, orientação sexual e identidade de gênero em debate”. Organizado pelo CFESS e CRESS-SP, o evento discutiu o papel do/a assistente social na garantia do acesso aos direitos por mulheres transexuais, travestis e homens trans. O seminário resultou num documento que contém a Agenda de Lutas, voltada para a diversidade trans (confira a agenda na íntegra aqui).

Vale ressaltar que entre as pautas desta Agenda de Lutas está “reconhecer a concepção de indivíduo singular e genérico para mulheres transexuais, homens trans e travestis, numa perspectiva de totalidade, que permita pensar a individualidade inserida nas relações sociais sob a sociabilidade do capital, apreendendo o valor da complexidade e da diversidade dos indivíduos no cotidiano”. Isto reforça que a luta pela respeito à diversidade também é uma luta das/os Assistentes Sociais.

Comemorações em Curitiba

O Transgrupo Marcela Prado e o Grupo Dignidade realizarão nesta sexta-feira um ato na Boca Maldita com diversas atividades, que acontecerão no período das 10h às 17h. O objetivo é promover os direitos humanos, o respeito à identidade de gênero e a busca do direito à vida sem preconceito e discriminação.

A ação contará com participação da equipe do Projeto Viva melhor Sabendo; Travestis e Transexuais rompendo o estigma da testagem, realizando teste de Fluido Oral; equipe do Projeto Jurídico de Direitos Humanos LGBT; e mostra de Fotos. Durante a atividade também serão recebidas doações de roupas, alimentos e materiais de higiene.

Confirme sua presença no evento!

* Com informações do Grupo Dignidade