Oficinas do Enpecom sobre Comunicação e Gênero. Inscrições até dia 11/09

O VII Enpecom está com inscrições abertas para oito oficinas, que serão ministradas na quinta-feira (24/09), das 15h às 18h, e na sexta-feira (25/09), das 9h às 12h. As atividades propostas apresentam diversas abordagens, das quais quatro estão relacionados ao tema central do evento, “Comunicação e Gênero”.

Os interessados em participar das oficinas como ouvintes podem se inscrever até o dia 11 de setembro, enviando um e-mail para [email protected], com as seguintes informações: nome completo, CPF e nome da oficina para a qual está se inscrevendo. No assunto do e-mail deve ser colocado “Inscrição ouvinte oficina”.

OFICINAS

Quinta-feira (24/09)

1 – PRÁTICA COMUNICACIONAL: TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS PARA FALAR EM PÚBLICO
Por Tatiani Daiana de Novaes
Ler, falar, escrever com propriedade são práticas discursivas que podem ser ensinadas e aprendidas. Todo mundo é capaz de ter uma boa oratória, assim como todos podem tocar um instrumento musical, mas para isso é preciso aprender a técnica e praticar muito. A oficina é voltada para acadêmicos em geral, que precisam falar em público nas suas atividades diárias. A proposta da oficina é, por meio de exemplos práticos, atividades e dinâmicas apresentar as principais técnicas e estratégias de falar em público.

2 – IMAGEM, CONSUMO E MITO: O AMOR E A BELEZA NA MÍDIA
Por Hertz Wendel de Camargo
A oficina propõe compreender outras formas de investigação da mídia a partir dos diálogos entre a antropologia da imagem e a antropologia do consumo. O conceito de iconofagia (a devoração das e pelas imagens) atravessa as abordagens da oficina, pois, representa um ponto de encontro entre as duas antropologias citadas. A proposta da oficina, ainda, é proporcionar um aprimoramento do olhar em relação à genealogia da imagem, às estruturas narrativas da mídia e os mecanismos criadores de vínculos entre o homem, demais sujeitos e grupos sociais, mantendo viva tessitura cultural. E, por fim, a oficina propõe esclarecer informações sobre mitos, arquétipos e sua persistência nas estruturas narratológicas da mídia, especialmente em relação a representações do amor e da beleza.

3 – JORNALISMO ESPORTIVO E GÊNERO
Por Adriana Brum
O esporte é um e um campo social criado pelo homem e para o homem, como destaca o sociólogo esportivo Jay Coakley (2011). Assim, ainda que tenham conquistado grandes espaços, as mulheres ainda são vistas como “invasoras”. No jornalismo esportivo, a questão de gênero ainda não entrou na pauta de questões discutidas, mantendo um modelo de produção para o público majoritário: o masculino, carecendo de um olhar mais apurado na questão da abordagem do esporte feminino como para questões de homossexualidade e transsexualidade, tratadas ainda no meio esportivo, o que se reproduz na produção jornalística sobre o assunto. A oficina pretende incentivar a análise de como a abordagem de gênero é feita nos diferentes meios de comunicação (televisão, rádio, jornal, revista, internet) e caminhos possíveis para ampliar as abordagens, com base no livro Spors in Society, de Jay Coacley, uma abordagem da “Dominação Masculina”, de Pierre Bordieu (2007) e outras referências da sociologia do esporte, com exemplos práticos.

4 – MÍDIA E QUESTÕES DE GÊNERO
Por Coletivo de Jornalistas Feministas Nísia Floresta
A proposta desta oficina é preparar os alunos de comunicação social e áreas afins para se tornarem profissionais humanizados às questões de gênero – principalmente à abordagem da figura da mulher nas diversas mídias, em especial nas reportagens jornalísticas. Em reportagens sobre crimes contra a mulher, a mulher é frequentemente culpabilizada pelo repórter, que busca nas atitudes das vítimas uma justificativa para o crime. Além disso, as reportagens com frequência enfocam na fragilidade, na objetificação e na estereotipação da mulher ¬ tanto da que estão retratadas nos textos quanto das próprias jornalistas. Com esta oficina, o Coletivo Nísia Floresta vai resgatar alguns exemplos de reportagens que tratam a mulher de maneiras equivocadas, trazer literatura dedicada à compreensão do feminismo e das questões de gênero, discutir formas para inclusão de pautas com viés de gênero nas redações e/ou desafios para as mulheres nas redações, bem como propor atividades que contribuam com o desenvolvimento de uma mídia consciente e atenta à abordagem mais humanizada destas questões.
Sexta-feira (25/9 das 09h às 12h)

5 – O PROFISSIONAL DE COMUNICAÇÃO, O MARKETING ELEITORAL E O PLANEJAMENTO DE CAMPANHA
Por Ricardo Germano Tesseroli
A presente oficina tem por objetivo apresentar os principais conceitos de comunicação política e marketing eleitoral e a atuação do profissional de comunicação em cada uma dessas áreas. Com foco para a atuação em campanhas eleitorais, a oficina pretende apresentar aos participantes aspectos práticos da realização de uma campanha e mostrar como são trabalhados conceitos como imagem do candidato, postura e apresentação perante o público, formação do discurso televisivo para o Horário Eleitoral Gratuito, plano de governo e planejamento estratégico. Todos esses pontos alicerçados na interpretação de pesquisas qualitativas e quantitativas para a obtenção de dados e informações para auxiliar a tomada de decisões.

6 – NAIPES DA COMUNICAÇÃO: UM JOGO PEDAGÓGICO COMO DISPOSITIVO DE ATENÇÃO
Por Rodrigo Portes Valente da Silva
O objetivo desta atividade é ensinar pessoas que não tenham conhecimentos de marketing e comunicação a tomar decisões a partir de um jogo de cartas. Neste jogo não há adversários diretos. O foco é formar a melhor “mão”, ou seja, a melhor combinação de cartas de acordo com as regras sugeridas pelo Poker Texas Hold’em. Quem souber usar o melhor ranking de “mãos” associado com a melhor estratégia de comunicação para um determinado problema mercadológico, apresentado no início da partida, ganha o jogo. Apesar do baralho Naipes da Comunicação ser um dispositivo físico, cuja interação é analógica, está sendo proposto uma dinâmica de aprendizado rica na troca de informações e com potencial para estimular a compreensão dos jovens nativos digitais. Mais do que isso, os jogos criam ambientes inclusivos, distintos da realidade, em que os jogadores são igualmente vinculados a um conjunto fechado de regras. Mas, quem joga não o faz por obrigação, pois jogar é assumir livremente um caminho para se obter um sentido próprio.

7 – CONTANDO HISTÓRIAS PARA CINEMA: EXERCÍCIOS LINGUÍSTICOS QUE TENSIONAM ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO
Por Cristiane Maria Schnack e Lisiane Cohen
As professoras farão uma introdução à escritura de roteiro de cinema para instrumentalizar os participantes. Após, dividirão a turma em grupos para a construção de histórias. Fazendo da metodologia dos dados, cada grupo determinará os elementos que deverão constar na construção de sua história. Estes elementos estarão ligados a personagens, cenário, estrutura, evento’, entre outros. Todos os elementos serão determinados pelas professoras e serão escolhidos de forma que deixem o gênero neutro. A partir destas definições, os participantes construirão suas histórias, que serão lidas e analisadas a partir dos referenciais teóricos apresentados e discutidos. A análise abordará centralmente a construção das personagens, a fim de discutir as escolhas linguísticas e a generificação do roteiro. Ao longo da oficina, as discussões centrarão nas escolhas linguísticas e seus impactos na construção de roteiros que tensionam ou corroboram estereótipos de gênero.

8 – TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS PARA MONITORAMENTO DE QUESTÕES DE GÊNERO EM MÍDIAS SOCIAIS
Por Rodrigo Eduardo Botelho-Francisco e Joana Gusmão Lemos
A oficina irá abordar técnicas e estratégias para gestão da informação em mídias e redes sociais, partindo de definições de conceitos até a apresentação e discussão de ferramentas para monitoramento de temas e outras informações sobre personalidades e instituições. Além de análise de softwares livres disponíveis para este tipo de atividade e estudos de caso, o monitoramento da temática do Encontro de Pesquisa em Comunicação, Comunicação e Gênero, poderá ser experimentado pelos alunos a partir de atividades práticas em laboratório. A proposta é que sejam definidas pelo grupo de participantes palavras-chave possíveis de análise a partir das ferramentas indicadas, de forma a gerar relatórios, gráficos e outros indicadores sobre o tema. Na oficina serão apresentadas e discutidas várias mídias e redes sociais, no entanto, serão exploradas na parte prática o Facebook e o Twitter.

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Fonte: enpecom

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