CRESS/PR marca presença em evento pelo Dia da Mulher

Na manhã de sábado (07) aconteceu a marcha pelo Dia Internacional da Mulher e, em apoio à luta por respeito às mulheres e pelo basta à violência de gênero, o CRESS/PR esteve presente na movimentação. Este ano, o mote “Por mais direitos, nenhum a menos. Mulheres em movimento mudam o mundo” levou centenas à região central de Curitiba, com concentração inicial na Praça Santos Andrade.

As lutas neste mês de março são importantes para além da homenagem. Elas são essenciais para dar maior visibilidade às diversas violações de direitos de gênero que ainda acontecem atualmente.

No Paraná, 5 mil casos de violência contra mulheres foram registrados no último semestre de 2014- em uma média de 27 agressões por dia. Os dados são do cadastro unificado do Ministério Público do Paraná, que reúne informações de inquéritos relacionados à Lei Maria da Penha, encaminhados às Promotorias de Justiça de todo o Estado. Há, ainda, os casos não notificados ou que não foram repassados ao MP-PR, porque se encontram em fase de investigação policial.

10418950_1054405044573513_2147023271603152667_n

De acordo com o cadastro, do total de agressões registradas pelo MP-PR no período, 55% foram praticadas por maridos ou companheiros e 24% por ex-maridos ou ex-companheiros. Além disso, 2.039 ocorrências foram classificadas como lesões decorrentes de violência doméstica, ou seja, envolvendo mulheres que foram agredidas dentro de suas próprias casas.

Ainda segundo números do estudo Mapa da Violência, realizado pelo Instituto Sangari, o Paraná é o terceiro estado no ranking da violência contra a mulher, atingindo o índice de 6,3 mulheres assassinadas por 100 mil habitantes femininas. O estado tem ainda cinco municípios entre os 50 com mais casos de assassinatos de mulheres em relação à própria população feminina. Piraquara ocupa o segundo lugar no ranking, com 11 mulheres vítimas de homicídio e taxa de 24,4 casos por 100 mil habitantes femininas.

O CRESS/PR chama a todos/as assistentes sociais a erguerem a bandeira pelo respeito às mulheres e pela igualdade de gênero não só neste mês, mas durante todo ano. Esta luta não pode parar!