O Irã é um país que criminaliza e prevê pena de morte para relações homoafetivas, segundo os artigos 108 e 110 do Código Penal Iraniano. De acordo com a lei islâmica, os homossexuais podem ser perseguidos e condenados à morte por apedrejamento, forca, corte por espada ou ser jogados do alto de um penhasco, cabendo a um juiz da corte islâmica a decisão de como o homossexual deve ser morto.
A Nigéria também pune a homossexualidade masculina com a pena capital. Já as mulheres são condenadas a 50 chicotadas em praça pública e seis meses de cárcere. Em regiões do país onde não vigora a Lei Islâmica, a pena é de 14 anos de prisão.
Nesta segunda-feira, dia 16 de junho, as seleções de futebol destes dois países se enfrentaram em Curitiba. No mesmo dia os movimentos sociais, representados por entidades de defesa dos direitos LGBT realizaram uma manifestação pública contra a criminalização da homossexualidade.
Para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Toni Reis, “Curitiba teve a sorte, ou o azar, de receber seleções de países em que há penas de morte por ser gay. São times participantes da FIFA que perseguem, matam e prendem pessoas que têm relacionamento homoafetivo”.
O protesto ganhou conotação além destes dois países. Márcio Marins, representante da entidade Dom da Terra, comentou que no Brasil há uma situação muito grave também de violações dos direitos da população LGBT. “Aqui não temos pena de morte, mas mesmo assim há um número 10 vezes maior de violência contra homossexuais ou violência de gênero do que nestes países”.
O CRESS/PR repudia a violência cometida a homossexuais e reafirma sua luta para criminalizar a homofobia, em promover ações afirmativas da população LGBT e promover direitos civis igualitários a esta população bem como o acesso a estes direitos.