1° Dia do Seminário sobre Gênero em Paranavaí

Na manhã desta quinta-feira (27) a UNESPAR promoveu o I Seminário sobre Gênero: violência de gênero e violência doméstica como desafios na sociedade contemporânea no campus da Universidade em Paranavaí. No evento estavam presentes a coordenadora geral do Grupo de Pesquisa de Gênero, Trabalho e Políticas Públicas Maria Inez Barboza Marques, os Promotores de Justiça de Paraíso do Norte e Paranavaí, o Procurador da República, o vice-reitor da UNESPAR de Paranavaí e entre outros.

A coordenadora Maria Inez agradeceu a presença de todos e todas que lotaram o centro de conferências, e disse que este tem um significado muito grande para aqueles que trabalharam para que tudo saísse bem. Inez também agradeceu a todos os professores e professoras, além das pessoas do grupo de pesquisa que contribuíram para a organização do evento, e previu bons resultados dos dois dias de debates que acontecerão da UNESPAR em Paranavaí.

Após a apresentação de Maria Inez, a fala foi passada para o Procurador da República em Paranavaí Raphael Otávio Bueno Santos, que exaltou o evento, pois trará e já está trazendo benefícios para a comunidade. O Procurador ressaltou que a violência de gênero e doméstica tem crescido e os índices entre companheiros e companheiras são os mais preocupantes. Ele acredita que todos irão aprender muito durante os dois dias de debates propostos pela academia no seminário. O poder público de Paranavaí indicou que tem uma preocupação especial nesta área e espera bons resultados provenientes destes dias de evento.

Na sequência falou o vice-reitor da UNESPAR Paranavaí, Antonio Rodrigues Varela. Ele acredita que vários casos de violência de gênero e doméstica são por falta de alguns princípios básicos na vida das pessoas. Varela citou que as mulheres muitas vezes são melhores gestoras do que os homens, mas isso não é refletido nos cargos importantes nas grandes instituições, que tem grande predominância dos homens. O vice-reitor da Universidade acredita que esses dois dias podem mudar algumas atitudes das pessoas.

A palestra da abertura ficou por conta de Marcelo Alessandro da Silva Gobatto, que é Promotor de Justiça em Paranavaí. Gobatto começou ressaltando que os seres humanos estão divididos em masculino e feminino e cada um desses ocupam determinados espaços, papéis e posições na sociedade em que vivem. Segundo ele, a desigualdade de gêneros é do passado, é histórica, e desde lá as mulheres tem sido tratadas de forma subalterna. Em casos que deveriam ter maior reconhecimento, elas são tratadas com menos importância.

Gobatto afirmou que a família é a base da sociedade e recebe proteção especial do Estado, sendo que o mesmo precisa criar mecanismos para coibir a violência doméstica. Para o Promotor, o diálogo entre academia e profissionais que trabalham com a proteção e com as políticas públicas é de grande importância e ajudará para que os mecanismos sejam desenvolvidos.

O Promotor ainda lamentou que o número de mortes de mulheres venha crescendo a cada ano, e disse que as políticas públicas precisam ser pensadas para o benefício da rede de proteção. Promover estudos e pesquisas para saber que tipos de situações estão ocorrendo, criando assim mecanismos de combate.

Fonte: Fafipa