A homofobia matou 310 em 2013, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia

mataO Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgou o relatório de 2013 com os crimes de ódio que aconteceram em todo o Brasil. Segundo o levantamento feito pela ONG, 310 LGBT foram vítimas fatais homo-transfobia, o que corresponde a um assassinato a cada 28 horas. A região Nordeste lidera o ranking com 43% das ocorrências.

No relatório, o GGB considera que os governos estaduais e federal não estão fazendo o dever de casa no que diz respeito às políticas públicas voltada para o público LGBT e, principalmente, na questão de segurança pública. O grupo também atenta para a impunidade nos crimes de homofobia: de cada dez assassinatos, apenas três tiveram os criminosos identificados.

Em relação a 2012, houve um decréscimo de 7,7%. Mas, quando se leva em conta apenas a gestão da presidenta Dilma, houve um aumento de 14,7% de crimes motivados pela homofobia. O relatório também mostra que a maioria das vítimas é jovem. De acordo com o estudo, 55% delas tinham idade entre 20 e 40 anos.

Pernambuco ainda continua a ser o estado onde há mais assassinatos de LGBT. Em 2013, foram 34 vítimas, em um estado que possui 9 milhões de habitantes. O relatório também incluiu dez casos de suicídio, pois, segundo o mapeamento, trata-se de jovens gays que não aguentaram a pressão homofóbica.

O levantamento do GGB é feito a partir de notícias de jornal, internet e informações que os grupos LGBT enviam. Além do relatório, hoje há também um levantamento feito pelo governo federal a partir do Disque 100, onde as pessoas também podem denúncias casos de homofobia.

O CRESS-PR acredita que ainda há muito ser feito e esse número precisa diminuir ainda mais. O Serviço Social é peça fundamental na luta contra a violência, especialmente a violência cometida por razões homofóbicas e assim o conjunto CFESS-CRESS tem se lutado pela defesa dos direitos da população LGBT. Atualmente está em andamento a campanha do conjunto: “Nem rótulos nem preconceito. Quero respeito”, realizada com o objetivo de fortalecer a defesa da visibilidade trans. Saiba mais sobre a campanha.

 

Fonte: Revista Fórum