A Plenária de Seguridade Social com o tema “Direito a Cidade e sua Transversalidade com as demais Políticas Públicas” foi realizada no dia 14 de junho, em Curitiba. O evento seguiu a temática do Dia do/a Assistente Social deste Ano, contra a Exploração do/a Trabalhador/a.
A oficina contou com a fala e a mediação da assistente social e doutora em Planejamento Urbano e Regional, Tatiana Dahmer. Ela contextualizou aos presentes como se dá a formação das cidades, as contradições geradas pelo capitalismo e os problemas gerados pelo neoliberalismo no Brasil, além de problematizar como se dá a relação dos/as assistentes sociais com as políticas públicas. Segundo Tatiana, há uma visão de que as políticas públicas são o limite de atuação, enquanto deveriam ser consideradas a referência mínima para a atuação profissional. “Não podemos aceitar abaixo disso, as políticas atuais são nosso piso e não o nosso teto”, afirmou a professora. Ela relembrou que a categoria tem seu compromisso com o sujeito histórico-social. Outro ponto importante citado pela professora foi a fragmentação das políticas na questão das Cidades, apontando a necessidade dos/as profissionais terem uma leitura total das contradições do capitalismo para não desenvolver um trabalho assistencialista nas políticas públicas.
A Plenária contou também com falas de convidadas. A representante do movimento União Moradia Popular, Regina Salete, apresentou as dificuldades da luta pelo direito à moradia, principalmente no caso de desocupações, no qual a entidade não possui autoridade jurídica para intervir. Também realizaram falas: a representante da Câmara Temática(CT) do Direito à Cidade, Clarice Metzner, que reforçou a questão das políticas públicas serem um espaço de atuação profissional dos assistentes sociais, mas não o fim de seus trabalhos; a representante da CT de Assistência Social, Karin Albini, pontuando a importância de ultrapassar a setorialização das políticas públicas; e a representante do CT Sócio-Jurídica, Andrea Braga, comentando as diferentes especificidades dos campos de atuação e a dimensão do acesso a Justiça, além da dualidade do judiciário, que garante direitos ao mesmo tempo em que os fere, como no caso da desapropriação compulsória.