Como foi o último dia do V CPAS

DSC_1650No domingo dia 14 de outubro as atividades do último dia do V CPAS iniciaram pelas oficinas temáticas. Na sala 1 a representante do MDS Telma Maranho Gomes ministrou a oficina sobre o trabalho profissional do CRAS e CREAS. Ela comentou que oque ficou mais latente nos participantes ao final da oficina é a necessidade de aprofundamento sobre o debate e definição das atribuições dos/as Assistentes Sociais. Ela comentou que a categoria deve se posicionar para provocar também maior articulação nas diferentes profissões que compõem o CRAS. E quanto aos CREAS o posicionamento mais forte deve ser com relação às demandas que tem sido solicitadas mas não são atribuição dos/as assistentes sociais.

A sala 2 teve a oficina sobre Estratégias do ensino do trabalho profissional, com Alfredo Batista. A proposta, segundo Alfredo, foi de provocar que os/as profissionais retomem ou iniciem o estudo da crítica da economia política. “Só é possível compreender o ser social se partirmos do seu entendimento ontológico”, comentou Alfredo, explicando que isso requer formular elementos críticos de todo arcabouço teórico da economia política.

Na sala 3 a oficina foi sobre a participação dos/as assistentes sociais nos conselhos de políticas e direitos, tendo como oficineira a Dra. Márcia Pastor da UEL. Foi realizada uma reflexão coletiva sobre a importância de fortalecer a participação dos Assistentes Sociais nos Conselhos e demais espaços de participação. “Os principais questionamentos foram a questão da paridade política, a respresentatividade dos conselheiros, a articulação dos conselhos com os movimentos sociais e o papel do/a assistente social, que não deve encarar esta participação apenas como uma tarefa, mas como parte do seu projeto ético político” comentou Márcia.

DSC_1705A sala 4 contou com a oficina sobre especificidade do trabalho do/a assistente social na saúde mental, com presença de Wanderli Machado e Uilson José Araújo, ambos conselheiros do CRESS/PR. Na oficina foi visto como o/a assistente social está inserido nas equipes multiprofissionais e qual a intervenção pode ter nestes espaços. Wanderli comentou sobre a necessidade de intervir no controle social, estimulando a criaão de serviços, impulsionando a reforma na saúde, a implementação da rede de atenção ao piso salarial. “Nosso papel é nos articularmos com as outras categorias e investir na apropriação de conteúdos técnicos e normativos da área da saúde”, comentou Wanderli, salientando que é necessário que a categoria se aproxime do Conjunto CFESS-CRESS para organizar esta luta por reforma na saúde.

O tema ‘Estratégias de intervenção no sistema de garantia dos direitos da infância e adolescência’ foi tratado na sala 5 com das Dras. Zelimar Soares Bidarra da Unioeste/PR e Silvia Alapanian da UEL. Foram discutidos os princípios que regem a área da infância e adolescência, tratando com ênfase a necessidade de intersetorialidade, que é uma falha do Sistema de Garantia de Direitos. “Vimos bastante dificuldade dos/as profissionais dos CRAS e CREAS pois eles estão sendo demandados a lidar com todo tipo de encaminhamento que vem da escola, família e outros espaços, ficando evidente a necessidade de funcionamento de um trabalho em rede que não acontece”, comentou Dra. Zelimar.

No auditório a Msc Rita de Cássia Oliveira do TJ/SP e da Unifai/SP ministrou a oficina sobre elaboração de estudo social pareceres, laudos e perícias. Este tema é tido como de fundamental importância para o CRESS/PR como já noticiado em suas publicações: “na metodologia de ação do Serviço Social o Estudo Social emerge como instrumento ético, político e operativo que compõe as competências técnicas e teóricas do/a Assistente Social. O Estudo Social é um instrumento utilizado para conhecer, analisar e interpretar a realidade social de determinados sujeitos ou grupos sociais”.

DSC_1760Na parte da tarde a mesa de encerramento contou com a participação da Dra. Joaquina Barata, da UFPA/PA. Ela fez uma fala direcionada para contextualizar o momento vivido pela profissão, explicando o significado social da profissão e o significado à saída da crise do capital. A fala da Dra. Joaquina apresentou um panorama de crise, porém como ela mesmo comentou, ainda é momento de aprender e de ter esperança. “Na sociedade capitalista em que vivemos, os trabalhadores que produzem o que precisamos e que criam a riqueza social, estão apartados dessa riqueza”, afirmou a palestrante, indicando outros fatores que apontam a enorme desigualdade social que se vive no mundo e no Brasil. Para ela, “o Serviço Social passou por várias transformações até chegar ao presente, onde ganha clareza conceitual e ético-política de que se inscreve, sim, por meio de seu trabalho, numa árdua luta por direitos”. A contextualização que ela fez culminou em lançar aos presentes algumas considerações, afirmando que “o Serviço Social pode dar uma resoluta contribuição à história tanto na luta por direitos quanto na busca da emancipação humana. Essa tarefa exige de nós esforço permanente de aprimoramento intelectual, ético, estratégico e tático-operativo”. Em sua fala, ela ressaltou que defendeu uma renovação da profissão, mas não podendo esquecer tudo que que já foi construído.

A presidenta do CRESS/PR, Maria Izabel Scheidt Pires, fez a fala de encerramento do evento, ressaltando o sucesso que o V CPAS teve, citando que: “ao término deste evento estamos fazendo um balanço crítico da conjuntura atual, do interior da profissão em suas relações com a totalidade social, para projetarmos rumos e estratégias que nos permitam alinhar nossas ações com vistas a não desfocar nossa opção prioritária de construção de uma nova sociabilidade numa nova ordem, com hegemonia dos interesses dos trabalhadores”. Ela ressaltou a importância dos cerca de 600 participantes, de 8 estados do Brasil e reforçou o agradecimento a todos/as pelo clima de alegria, participação e compromisso que foi vivenciado no Congresso.

Confira a Cobertura completa do V CPAS:

Confira como foi o primeiro dia do V CPAS

Segundo dia do V CPAS contou debate sobre a formação na América Latina e com apresentações de trabalhos

Terceiro dia do Congresso contou com diversidade de conteúdos nas plenárias e na conferência sobre a Politica de Assistência Social

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