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Dia 17 de abril foi o Dia Mundial da Luta Camponesa e Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. A data remete ao ano de 1996, em que ocorreu o massacre de Eldorado dos Carajás, no qual 22 trabalhadores/as morreram e 69 ficaram feridos/as numa desocupação violenta de terra feita por policiais militares, a mando do então Governador do Pará, Almir Gabriel. Desde então, este dia foi instituído como dia de luta.
Uma série de manifestações marca o mês de abril para relembrar este episódio e lutar pela Reforma Agrária. Em Curitiba, integrantes do MST realizaram durante esta semana manifestações pela jornada de lutas. Na última segunda feira os trabalhadores sem terra se concentraram na Praça 29 de março realizando uma caminhada até a sede do INCRA.
O CRESS/PR manifesta seu apoio a esta luta, lembrando que os princípios fundamentais do Código de Ética Profissional do Serviço Social colocam todos/as os/as assistentes sociais diante do compromisso com a justiça e equidade, com a luta pelos direitos de cidadania e pela socialização da riqueza socialmente construída, o que no Brasil pressupõe a socialização da terra numa ampla e massiva política pública de reforma agrária.
Em texto do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS Manifesta) está expresso que “o Serviço Social se manifesta a favor da reforma agrária e em apoio à luta camponesa, pois como profissão que atua junto às diversas expressões da questão social, o Serviço Social compreende que é a configuração perversa dada pela luta de classe no Brasil o fundamento da questão social, a qual impõe aos/às trabalhadores/as deste país uma situação de extrema precarização da vida e do trabalho. Daí o agravamento das condições vivenciadas pela população atendida pelas políticas públicas, especialmente as sociais. A questão agrária é uma particularidade da questão social, resultante dos embates travados a partir da configuração do modelo de desenvolvimento agrário e de um sistema econômico que aprofunda a desigualdade social”.
