No último domingo, dia 19 de setembro, as ruas do Centro Cívico em Curitiba ficaram mais coloridas. Alicerçado nos princípios de seu código de ética e na sua base teórica, o Conselho Regional de Serviço Social do Paraná, CRESS-PR, participou e apoiou a causa da Parada da Diversidade LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de 2010. Mais de 150 mil pessoas participaram do evento, o maior público registrado desde a primeira edição na capital paranaense, há 13 anos. Este ano, o tema da manifestação foi “Vote contra a homofobia. Defenda a cidadania”, diretamente ligado ao período eleitoral. Anualmente, a Parada escolhe temas para defender e apresentar à sociedade, relacionados aos direitos e à cidadania LGBTT.
Representantes da diretoria do CRESS-PR, membros de comissões, estudantes e profissionais da base da categoria estiveram no evento, levando uma faixa com o símbolo do Conselho e a frase “O amor fala todas as línguas. Assistentes Sociais na luta contra todas as formas de preconceito”. Através da Comissão de Direitos Humanos, o CRESS-PR convidou a todos e todas a participarem da Parada. O evento tem por objetivo promover a cidadania do segmento LGBTT e é organizado pela Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD) em parceria com a Aliança Paranaense pela Cidadania LGBTT.
Além de organizar a participação na Parada da Diversidade, a Comissão de Direitos Humanos preparou uma série de eventos durante toda a semana anterior à manifestação. De acordo com Renária Moura, Assistente Social e membro da Comissão de Direitos Humanos, o Conselho realizou o Café com Cultura, que debateu temas relacionados à cidadania LGBTT e divulgou, em conjunto com a Rádio Saúde, uma série de informações sobre direitos humanos e a questão LGBTT. “Fizemos esse trabalho levando esta temática e divulgando o trabalho do CRESS-PR através das comissões. A Comissão de Direitos Humanos atua não só pela população LGBTT, mas também pela questão de gênero e defesa da criança e do adolescente”, completa.
A estudante do 8º período de Serviço Social da Unibrasil, Emanuele da Costa acredita ser de grande importância lutar pelos direitos LGBTT, independente da categoria profissional. “É uma luta por direitos, são cidadãos e cidadãs, que não têm expressão por conta da discriminação e do preconceito. Fazer parte dessa luta é reportar e fortalecer para que a efetivação desses direitos seja a mais rápida possível”, completa. Sueli Coutinho, conselheira do CRESS-PR relembra que um dos compromissos do Conselho é estar aliado na luta contra todos os tipos de preconceitos. “Estamos junto com o movimento LGBT nesse dia de luta contra a homofobia e contra a discriminação, mostrando que nós, Assistentes Sociais, não devemos compactuar com qualquer forma de preconceito”, exalta Sueli.
Além de atuar na direção do CRESS-PR, Elza Campos, que assumiu recentemente a coordenação nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM), afirma que as duas Entidades lutam, entre outras questões, pela identidade de gênero e pela efetivação dos direitos e pela emancipação das mulheres. Elza destaca a alegria, a beleza e as cores da Parada da Diversidade, relembrando que a ocasião deve manter seu contexto político. “É indispensável que haja politização da parada, pois é uma data importante, que contribui no processo democrático, na liberdade de expressão e manifestação”, destaca. “Claramente, somos favoráveis a todas as formas de manifestação e expressão. Não só porque está presente no nosso código de ética, na lei, na formulação teórica da profissão, mas também porque entendemos a necessidade dessa expressividade”, completa.
Para a Assistente Social Silvana de Freitas, o apoio do profissional não pode ser discreto, ele deve ir às ruas defender a diversidade. “O papel do Assistente Social é participar e dar visibilidade aos movimentos que compõem a diversidade, não dá para ficar apenas de casa apoiando”, completa. Sandra Calçado acredita que a participação de Assistentes Sociais é essencial para a efetivação de direitos. “Devemos mostrar a cara e apoiar a diversidade e a liberdade de expressão”, disse. Adriana Matias acredita que o apoio do CRESS-PR e dos Assistentes Sociais deve ser irrestrito. “Devemos fazer a defesa intransigente dos direitos humanos e do combate ao preconceito”, destacou.
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