Cress/PR participa de debate sobre a estrutura de atendimento do SUS

O Cress/PR participou na sexta-feira (30) do 1º Encontro dos profissionais de Serviço Social dos Hospitais e Secretarias de Saúde dos Municípios do Paraná. O evento, organizado pelo Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba, reuniu mais de 130 profissionais, de 37 municipios paranaenses,  para discutir as políticas públicas voltadas ao atendimento de pacientes fora de sua área de domicílio.

Através de palestras, mesas-redondas e grupos de discussão os participantes trataram da estrutura oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para atender, encaminhar e acompanhar os pacientes do interior para hospitais de referência, principalmente em Curitiba. O evento começou pela manhã e teve a participação do coordenador do TFD no Paraná, Carlos Bostelmann, além de assistentes sociais e coordenadores de abrigos e casas de apoio aos pacientes em tratamento.

sus_02Durante a tarde, o Cress/PR esteve representado por Sueli Coutinho – Conselheira Fiscal do Conselho e coordenadora das comissões de saúde e de fiscalização – que ministrou palestra com o tema “Política Pública do Sistema Único de Saúde (SUS) no Atendimento Hospitalar”. Na ocasião, Sueli lembrou do Pacto pela saúde, proposto pelo Ministério da Saúde e firmado em 2006 com as três esferas da administração pública (municípios, estados e governo federal) para garantir acordos intermunicipais de atendimento à população.

Através do Pacto pela Saúde e do pacto de Gestão, também de 2006, os governos se comprometem a instituir a política de regionalização do SUS, garantindo aos cidadãos, o direito constitucional de acesso irrestrito à saúde, o mais próximo possível de sua cidade de origem. Para isso, os governos devem estabelecer parcerias com os municípios e estados mais próximos de sua jurisdição para facilitar o atendimento às várias especialidades da saúde.

Segundo Sueli o conhecimento sobre a legislação vigente e o controle de encaminhamento existentes permitiram ao assistente social avaliar melhor a escolha pela cidade de atendimento ao paciente. “O assistente social passou a otimizar a estrutura de atendimento, verificando as necessidades de transporte, acomodação e retorno do usuário”, afirmou.

sus_01Apesar dos avanços, Sueli lembrou das falhas nas Centrais de Regulação de Leito paranaense. Segundo ela, muito médicos generalistas, temendo o processo por negligência, encaminham os pacientes para outros espaços de referências sem antes fazer uma análise profunda do caso. “É papel do assistente social indicar a ouvidoria e outros canais possíveis para que os pacientes possam denunciar as falhas na estrutura de atendimento do usuário”, lembrou. Para auxiliar a atividade do profissional de Serviço Social, uma cartilha, foi produzida pelo Ministério da Saúde para esclarecer o funcionamento do SUS.  Veja aqui.

O evento foi encerrado no fim da tarde após a atividade dos grupos de discussão, reunidos no auditório da Faculdade Pequeno Príncipe.