Encontro Nacional: A organização político-sindical do Serviço Social em pauta

Em uma das mesas redondas do 38º Encontro Nacional CFESS/CRESS, o foco das discussões foi o histórico das entidades sindicais do Serviço Social brasileiro, e sua relação com os conselhos regionais. Participaram da mesa a professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Maria do Socorro Reis Cabral e Marinete Cordeiro, conselheira do CFESS.

O debate também contou com a contribuição de representantes dos CRESS Pará, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, onde há sindicatos de assistentes sociais.

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De todas as falas, destaca-se a exposição da presidente do CRESS Rio Grande do Sul, Fátima Regina Saikoski. O sindicato dos assistentes sociais do estado (Sasers) moveu uma ação judicial questionando o valor da anuidade cobrado da categoria, que representa 90% da fonte de receita da entidade.

A diminuição do orçamento, potencializada pelo pagamento de multa referente ao período retroativo à decisão judicial, tem comprometido o orçamento do CRESS-RS. Fátima considera a decisão judicial equivocada, uma vez que sinaliza para a fragmentação da categoria.

Este é mais um momento de organização do debate sobre a organização política da categoria, promovido pelo conjunto CFESS/CRESS. É necessário ampliar o diálogo  com os profissionais, contextualizado a questão sindical na profissão e fortalecendo ações conjuntas, deixando evidente o papel do CRESS na regulação e na defesa de condições éticas e técnicas de trabalho, e dos sindicatos na atuação nas relações de trabalho.

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Para a conselheira presidente do CRESS/PR, Jucimeri Silveira, as duas entidades podem efetivar uma ampla aliança em defesa do trabalho e dos direitos, como a articulação de ações com Sindijus que resultaram no concurso público e participação da implantação da NOB/RH/SUAS: “O mais importante no debate sobre a sindicalização é coletivizar decisões pela participação dos próprios assistentes sociais, na perspectiva do fortalecimento da profissão e da qualidade dos serviços prestados em condições condignas de trabalho”.